Coisas de mulher.
Há alguns dias um rapaz muito legal me disse que sou exigente por ser escritora. Ledo engano, eu sou apenas organizada e objetiva, gosto de, digamos, “denominar os bois”, detesto ficar no vácuo de incertezas, gosto de saber o que significo para o outro e ele para mim, afinal um “nada” de quaisquer dos lados implica em retornar a boa, porém saudável solidão.
Antes de ser cronista e advogada eu sou uma mulher madura e autoconfiante, nas de carne, osso, coração, hormônios e alma, logo nada me impede de desejar atenção, admiração física e psíquica, respeito e consideração. Não custa nada para o homem que curte a presença da mulher elogiar sua dama que com ele dorme ao invés de falar bem das siliconadas da televisão. Elogio é forma de carinho mais terna que existe, desde que sincero.
Da mesma forma não custa nada ligar, conversar, passear, tomar sorvete de mãos dadas, admitir se gosta ou não da companhia do outro. Não custa nada para pessoa alguma conhecer com mais convívio o outro e não julga-lo sem lhe conhecer muito bem.
Não nasci para relações fugazes e superficiais, ou tem intensidade ou não, porque o risco do desamor chegar existe sempre, em qualquer relação, seja num “ficar”, namorar ou casar, a questão é achar alguém que valha a pena e cultivar a relação com afetuosidade sem tratar a pessoa como uma opção das opções.
Mulheres bem resolvidas querem saber onde pisam, elas não querem mandar, apenas não querem cair na areia movediça de uma paixão não correspondida, isso vale de escritoras a garis, tudo, claro, dependendo de sua auto-estima, mas mesmo que ela exista e seja imensa, carinho e uma dose de romantismo fazem qualquer mulher ansiar ao bom momento de deitar-se com o seu love e se entregar por completo. (Homem que não capta isso deveria mudar de opção sexual, porque "isso" é o básico sobre a alma feminina).
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 30 de janeiro de 2010.
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