Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Admirar

Admirar

Eu preciso admirar para me manter ao lado de alguém, seja amigo ou parceiro. Não basta achar humorado, inteligente ou atraente, eu preciso me encantar e nutrir uma forte admiração para, realmente, gostar e ficar por perto.
Não gosto do que aparenta, não admiro quem quer aparentar que é bom samaritano, que é feliz e contente, que sabe o que quer, que é, moralmente, “acima da média”, que vive em paz, quando é invejoso, infeliz, perdido, vil e descontente com sua existência.
Não à toa eu gosto de pouquíssimas pessoas, trato todas com educação, mas me mantenho ao lado de raríssimas, se ainda não me afastei, irei me afastar de quem não admiro, de quem é falso e se faz de amigo para achar inconvenientes na sua vida e critica-lhe, aliás, esta é uma forma esdrúxula e triste que os mau amados tem de se enaltecerem perante os menos “vividos”.
Detesto pessoas desesperadas por companhia, pessoas interesseiras, indivíduos que não amam, fazem contas, pessoas que não admiram ao parceiro, mas a condição socioeconômica dele, pessoas que sorriem na frente e criticam pelas costas, pessoas fúteis, que julgam aos demais pela roupa, carro, casa e profissão. Muitas pessoas que conheci devem se perguntar, porque eu me afastei, porque não dei noticias, porque eu sumi, a resposta é uma só: porque não lhes admiro.
Não sou melhor do que ninguém, mas o fato de ter porque admirar a outrem significa que existem afinidades de caráter entre as pessoas. Você pode dar boas risadas ao lado de uma pessoa diferente de você, uma pequena dose de álcool, de regra, ajuda neste intento, mas você não vai se manter amigo desta pessoa por nada além de momentos “festivos”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de fevereiro de 2012.

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