Coração bobo
Às vezes me pego lutando entre o que minha razão anseia e o que meu coração ordena, ele, com certeza, o maior traidor que tive nesta vida, aquele cujas razões minha inteligência desconhece.
Durante esta luta desleal e injusta eu dou força para a razão, incentivo-a, alimento-a, limpo seus olhos para que ela enxergue ainda melhor, mas, e o coração? Eu torço que perca, afinal eu não o compreendo e nem ele a mim.
Torço por quem tem afinidades comigo, a razão neste caso. Ela é ponderada, esperta, altruísta, decidida, ela me encanta, mas, por motivos alheios a minha vontade e, seguidamente, por mim desconhecidos, ela não é forte suficiente para vencer esta luta e, quando menos espero, ela cai nocauteada.
Como seriamos felizes, eu e ela se fôssemos os vencedores, se ela deixasse no chão aquele que caminha no sentido inverso da nossa paz de espírito e felicidade. Todavia, não me cabe a revolta, a ira e a depressão, isso é coisa muito dele (do coração) e, do jeito que ele é bobo, eu quero distância!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 17 de fevereiro de 2012.
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