Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 17 de novembro de 2015

É preciso querer, é preciso destemer!

É preciso querer, é preciso destemer!

Quando você ama alguém? Por que você ama alguém? Quando surge este tal de amor? Não sei, sei, no entanto que ele se entrelaça com a admiração. Todavia, antes de qualquer pessoa vir a amar, a se apaixonar ou a se envolver por alguém, é preciso querer.
É preciso estar com a alma liberta, sem temores, sem paranoias, sem culpas pelo ultimo relacionamento, sem apego ao que lhe frustrou, sem autocomiseração, sem paixão recôndita, por quem já passou pela sua vida.
Você pode estar frente à pessoa mais especial do mundo, se você, por qualquer motivo, não estiver disposto a conhecer e dar-se a conhecer ao outro mais profundamente e, consequentemente, a arriscar-se a amar, você não irá.
Antes de qualquer sentimento imperar a racionalidade vigora e, com ela, nossos receios, nossos recalques, nossos dilemas interiores. Logo, o medo do que "está por vir", impede a vinda do que quer que seja: de risos, do prazer, da paixão, do apego, do afeto e do amor.
"Minha relação anterior terminou por tal razão e, portanto não me relaciono mais". É mais fácil pensar assim, mais covarde inclusive. E assim a vida das pessoas segue, como se fosse existir o momento perfeito, para conhecerem a pessoa perfeita e viverem um amor perfeito!
Vã ilusão! Inocente ideia! A vida não para seu fluxo, porque deixamos as oportunidades para o momento oportuno que, quiçá, nunca chegará. A vida não para nunca, nem para que lambamos nossas feridas, nem para que esperemos as oportunidades perfeitas para agirmos de forma perfeita. Primeiramente, porque isso é mais ilusório do que esperar o Papai Noel no Natal.
A vida é dos destemidos, dos intuitivos, dos que gostam e não tem medo de gostar mais, dos que desejam e não têm medo de desejar mais, dos que se encantam e não temem se encantar mais. A vida, a paixão e o amor, não são perfeitos, mas é possível viver-lhes com perfeição: da forma mais leve, destemida e intensa possível!
Não tema, pois ser taxada de louca ou exigente, porque você não se contenta com migalhas de afeto, tema, isto sim, criar apego por quem não merece seu tempo, atenção e prezar, justamente, porque não está disposto a lhe dar mesmo.
Selecione, exija o melhor do outro, exija o bem que você dá e está disposto a dar. Isso não é convencimento ou insanidade, é autor respeito e amor próprio! Não espere dos outros o que você não se dá.
Distância, tempo, medo, diferença de idade, classe ou situação de vida, dentre outros detalhes, são desculpas que a gente usa quando não tem interesse. Portanto, siga o mantra: ou soma ou some! Ou sim, vai se foder pra lá! Ou melhor, vá foder. Com outras, não com você.
Por que levar adiante uma relação que não tem futuro? Por que levar adiante uma relação em que apenas uma das partes está disposta a se entregar, a se envolver e a se apaixonar? Sim, porque se apaixonar é preciso estar disposto, é preciso desejar e estar destemido.
  
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 17 de novembro de 2015.

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