Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Deduções constantes=equívocos costumeiros.

Deduções constantes=equívocos costumeiros.

Por que razão a gente anda generalizando tanto? Deduzindo tanto? Recebendo uma carga enorme de informações e as assimilando sem muito refletir? São muitas, muitas deduções que saem da nossa boca ao mundo com um "que" de certeza, de infalível, de correto, mas, será que elas não são ou seriam, apenas, o reflexo do nosso humor, pensar e sentir no momento em que as expressamos? Têm, realmente, as nossas opiniões, tanta importância?
É o tal de que nas redes sociais há uma "competição" para ver quem é mais feliz, é o tal de que quase todo médico e advogado é mercenário e, estes, desonestos, é o tal de "todo policial é truculento" e, alguns, corruptos, é o tal de que todo esquerdista é petista, como se o PT, atualmente, fosse "esquerda" em alguma coisa (o que tinha de esquerda foi corrompido pelo poder), é o tal de "todo psicólogo, psicanalista e psiquiatra são loucos enrustidos", é o tal de que todos que têm redes sociais querem se mostrar ao mundo, é o tal de que, por trás de cada foto, o que não há de narcisismo, há de exibicionismo.
É o tal do "pessoa sem religião, não tem Deus no coração" e é má, é o tal de que mulher solteira procura homem pra amar, "formar família" e ter filhos (como assim?) e todo homem solteiro é livre e feliz, também é o tal "ora, que lindo, casados, dois filhos, férias nos EUA=verdadeira felicidade", é o tal do "é balzaquiana e feminista, é liberal e quer sexo comigo", e também tem o tal de "é feminista, quer ser igual aos homens" ou então "é radical e não gosta de se depilar, nem gosta dos homens"!
Enfim, são ideias e deduções de quem sabe de pouco a nada sobre a pessoa, o casal ou a alma que julga! Nem todo mundo quer chamar a atenção alheia, nem todo mundo usa máscaras, nem todo advogado, médico, policial ou seja lá o que for é igual, nem toda mulher independente só quer companhia para as "horas boas", nem toda feminista é isso ou aquilo! Reconheça que o universo é imenso, que você e suas opiniões não significam nada: é só você, são só as suas opiniões!
Isso não tem nada de raro, de especial, afinal todos têm um cérebro e ideias, o seu é só "o seu" e as suas (ideias) são só "as suas"! Aprenda a dizer: os policiais "que conheci", os médicos "que conheci", os advogados "que conheci", os "psi que conheci", as balzaquianas "que conheci", as feministas "que conheci", as pessoas com redes sociais "que conheci", e assim por diante, porque nem toda pessoa neste vasto universo cabe dentro da sua forma de ver o mundo e, consequentemente, de julga-lo! Enfim, você não conhece todas as pessoas no mundo e não tem o direito de sair de um ponto limitado (você e suas deduções) para julgar a todos!


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de janeiro de 2016.

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