Dos
filmes à vida que urge!
Sou
uma cinéfila, sem sombra de duvidas. Cinema e vinhos são minhas paixões e
excelentes companheiros. Pois, nesta semana que finda, assisti a dois filmes
que me fizeram refletir: um é o antiguinho “Brilho eterno de uma mente sem
lembranças” e o outro, relativamente novo, “Se eu ficar”.
Ao
assisti-los, peguei-me refletindo: quem somos nós, afinal? Do que somos feitos,
animicamente falando? Creio que sejamos um conjunto de vivências, de sonhos, de
frustrações e, sim, de lembranças. Apaga-las de nossas mentes nos faria menos
sofridos, mas também menos sábios, menos humanos, menos alegres, inclusive.
Em
que pese tenhamos lembranças doloridas, existem outras, existem inúmeras boas e
divertidas memórias guardadas em nós! Até mesmo quem nos deixou algumas
lembranças ruins, deixou outras tantas boas. É assim, é da vida! Nada é
totalmente excelente, nem totalmente ruim.
Por
mais que tentemos, a ternura ainda impera e cabe a nós trazermos à tona em
nossa mente aquelas memórias que melhor se afinam com o que desejamos
construir, com o que desejamos criar e não apenas recordar. Quem quer um futuro
bom, enfim, não se vitimiza com lembranças ruins, afinal, elas geram
pensamentos ruins que geram infelicidade: raiva gera raiva, ódio gera ódio,
amor gera amor.
E, quanto aos seus melhores momentos: você
já parou pra pensar em qual foi o dia mais feliz da sua vida? Se sim, é
provável que você saiba que ele não vai se repetir. Por qualquer motivo que
seja, dos comuns ou banais até os mais trágicos, não se pode repetir um dia
nesta vida.
Mas, ainda assim, você já parou pra
pensar que, mesmo que todos os que lhe faziam companhia "naquele" seu
melhor dia não estejam com você, ainda assim, há vida pra viver? Ainda assim,
com a mudança no decurso da sua vida, enquanto você existir por aqui, há muito a ser feito e vivido? Amores,
amizades, risos, sorrisos, trabalho, novos lugares, novas pessoas?
Pois é, meu amigo! A vida só termina mesmo quando você morre ou
quando escolhe não mudar, não seguir adiante e, sobretudo, não se adaptar às
mudanças que surgem, porque a vida é a arte da adaptação, de fazer dos piores
fatos, o melhor aprendizado. Enfim, a vida e as possibilidades que ela lhe
traz, só findam quando você se acomoda e desiste, do contrário, acredite, ainda
há muito a ser vivido!
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