Eu, ontem e hoje: divinas mudanças!
Há alguns anos eu achava importante usar determinada cor de calcinha
e roupa na virada de ano, comer 7 grãos de uva, salada de frutas com 7 frutas,
pernil, fazer a ceia a meia noite, pular 7 ondas e por aí a fora! Hoje eu vejo
o quanto mudei.
Primeiramente eu não teria tido a
maioria dos romances que tive, não aceitaria uma relação abusiva, não teria me
casado, não teria escrito inúmeras crônicas que escrevi crendo-me muito mais
sapiente do que era, não teria feito sequer meu TCC da
graduação no tema que fiz, não teria jamais agido com passionalidade e
prejudicado pessoas que, dentro da sua insanidade, diziam me amar.
Eu jamais teria sido uma jovem machista, jamais teria confiado
em algumas pessoas, feito amizade com outras, deixado minha carreira em segundo
plano para morar em outras cidades, eu jamais teria desfeito as minhas
sociedades, jamais teria sido tão veloz no volante, jamais teria caído no
engodo da "segunda chance", jamais teria passado de um primeiro
encontro com algumas pessoas, jamais teria me desconectado do mundo real para
conversar com algumas pessoas virtualmente.
Estranho! Não me identifico muito com quem eu fui, em gostos e
impulsos, mas não tenho arrependimento algum: eu era apenas romântica e
passional demais. Hoje, para eu ter um bom réveillon me basta a companhia de
quem me ama, hoje para ter um bom ano careço de trabalho e esperança (muita,
muita esperança!), hoje um namorado não me faz falta (se for semelhante aos
meus ex, com raríssimas exceções, menos ainda), hoje me sinto bem na minha
própria pele, já superei qualquer arrependimento e não trago no peito nada além
de amor e paz.
Amor que, ao mundo, distribuo em sorrisos e, a quem me ama,
multiplico em carinho e afeto! Hoje eu não sinto falta do que não tenho, me
realizo com o que possuo, principalmente com a minha alma e com a minha aura
límpida que, como disse Gil, "só quem é clarividente pode ver". E
isso me basta! Mas, se você tiver alguns milhões de dólares e estiver se
sentindo infeliz sugiro que doe. Eu aceito a doação e atribuo-me o encargo de
lhe ensinar a ser feliz! Ah, já adianto que o primeiro passo é achar a dose
certa entre a resignação e a coragem.
Cláudia de Marchi
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