Intensidade
sim, postura defensiva, não!
Às
vezes tudo o que precisamos é deixar de lado as certezas e as convicções que
temos. Primeiramente, nossas certezas escondem medos e nossos medos bloqueiam
nossas atitudes, fazendo com que não nos arrisquemos. E, sem risco,
desperdiçamos gargalhadas, sorrisos, diálogos, amizades, afeto, relações,
orgasmos!
Se
não sairmos da nossa zona de conforto que, de tão confortável que é, mascara
boa parte de nossa insegurança, jamais seremos plenamente livres, e, consequentemente,
felizes, realizados afetivamente, portanto. Viver na zona de conforto do “isso
eu não faço”, “não faz meu feitio”, “não quero me apaixonar para não sofrer”, “do
jeito que está, não há plena realização, mas também não há tristeza”, pode ser
bastante simples!
A
forma de viver na “defensiva” e sem “ataque” faz com que economizemos lagrimas,
frustrações, aventuras, mas também, gera uma “poupança” desnecessária de alegrias,
novas realizações, novos tempos, novos momentos! Bons momentos, instigantes
momentos! Excitantes momentos! Aqueles raros que marcam, que impregnam a nossa
alma, a nossa mente e o nosso corpo.
Aqueles
momentos raríssimos que o tempo não apaga da nossa memoria e pele e, dos quais,
infelizmente, fugimos por medo de sofrer, por medo de “complicar” as coisas,
por medo de, por afeto, paixão e amor, assumirmos uma nova postura e, quiçá,
mudarmos algo na nossa tão corriqueira rotina diária na qual dois mais dois
sempre será quatro e as sensações, sempre serão mornas.
Enfim, não raras vezes, precisamos deixar-nos de
lado e darmos um mergulho na vida, sobretudo naquilo que mexe com nossos
instintos, intelecto, corpo, mente e vontades! Ah, arriscar é viver! E, viver, não
é usar escudo, não é proteger-se com barricadas contra o que assusta, viver é
dar a cara, o coração e a alma à tapas, se necessário for. Com licença, vou ali
viver minha vida e não volto logo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de fevereiro de 2016.
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