Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 18 de abril de 2010

Eu me arrependo.

Eu me arrependo.

Não é porque a mocinha escreve que ela seja perfeita. Às vezes ela coloca em palavras o que gostaria de sentir, às vezes ela fala verdades já escrevi nesses mais de seis anos de desabafos diários e não profissionais posso afirmar que apenas algo de que disse deixou de ser verdade na minha vida, coisa que tive plena certeza ao completar meus vinte e oito anos dia 12 de abril: Eu tenho arrependimentos.
Sempre escrevi me colocando contra o arrependimento e a favor do aprendizado. Não mudei de idéia, apenas me arrependi de algo que, certamente me ensinou tanto a ponto de eu estar aqui escrevendo sobre isso que muitos adoram chamar de "fraqueza". Se você pertence a seleta classe dos que nunca se arrependeram de nada e nem tiveram motivo para tanto só me resta, humildemente lhe parabenizar. Você é um felizardo!
Eu no entanto me arrependi de muitas coisas provenientes de um fato. Do fato de antes da fase atual, em que me tornei o que queria ter sido quando tomei as atitudes das quais me arrependo, eu achar que eu era o que sou hoje: Mais segura, mais franca comigo mesma e com a vida. Eu não era assim, era uma moça tola, um tanto insegura e outro tanto perdida. Queria estar preparada para o que eu ainda não estava, o que inclui a felicidade saudável, madura, fecunda.
Me arrependo, pois de ter confiado em quem já havia me machucado, de ter deixado tesouros para trás e jogado o tesouro mor que é o que o homem de bem guarda no coração ( bondade e a pureza) aos porcos. Me arrependo de ter confiado demais, de ter sido covarde e não ter dado ouvidos a quem merecia. Ora, mas do que adianta se arrepender? Sei lá, acho que nada, mas vai convencer meu coração disso (!), muito embora agora ela já esteja imerso em alegria já padeceu bastante pelo tal do "arrepender-se".
Todavia, uma coisa é verdade. Pode ser que não adiante absolutamente nada, a verdade é que reconhecer a si mesmo algo de que todo mundo tripudia e se orgulha falando do alto de seus egos sublimes de boca cheia (transbordando orgulho) "eu não tenho nada do que me arrepender na minha vida" faz com que a gente se rejubile com a nossa alma e, porque não dizer, coragem. Coragem para assumir que foi vil, que se enganou, que foi enganado, que sofreu, mas que nem por isso se tornou pequeno, tolo, pelo contrário, cresceu e perdeu o medo. O medo de ser o que ela (finalmente) se tornou.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 19 de abril de 2010.

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