Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Hipócritas.

Hipócritas.

Esse mundo é mesmo muito engraçado. Você que é simpática, educada ou falante acaba levando a fama de "assanhada" (que palavra horrenda!), todavia se viver se contendo, com a cara amarrada é antipática, porém em meio a um universo de homens e mulheres tolos e de mente encolhida ficou mais bonito ser antipático do que agradável.
Ora, por que? Porque a ausência de simpatia não implica em desmerecimento de atributos morais que são estilhaçados quando as más línguas se colocam a falar mal da moça simpática do 2º andar. É cômico, pois quão fácil é se tornar socialmente respeitado neste mundo: Basta agir e demonstrar ser o que é "bem julgado", por isso os linguarudos de plantão são ludibriados e terminam tomando do próprio veneno.
Sabe-se que a senhora abastada possui um filho solteiro e interessante, ela, porém vive indo a Igreja e se considera uma promotora dos bons costumes? Como conquistar sua confiança? Saia pelos joelhos, batonzinho cor de boca e risos inexistentes ou contidos, cândidos como o de uma santa no altar. Se vai colar? Não se sabe, mas que ser desta forma falsa é mais fácil de agradar do que ser você mesma quando seu estilo é um pouco mais arrojado e animado.
A moça demonstra que deseja um rapaz batalhador, estudado e de boa família. Certamente se algum golpista ficar sabendo destes anseios será fácil a aproximação, basta demonstrar ser o que não se é e se enquadrar nos sonhos da moçoila. Esses são poucos e simplórios exemplos. Existe um pior: O povo brasileiro se considera sofrido, pobre, abusado, cultiva piedade de si mesmo, qual sua tendência? Admirar um semelhante, não para menos temos um presidente semi analfabeto que teima em manter uma áurea de "coitado" apesar de tomar vinhos de preços extravagantes e patrocinar condição de vida para sua família totalmente incoerente com seu teoricamente "módico" salário (esta é, também, uma pequena menção ao universo de incoerências da vida política e real do senhor referido).
As pessoas afirmam que não, mas a hipocrisia ronda tudo que as cativam. Os indivíduos falastrões, alegres, simpáticos, excêntricos, animados, porém sinceros assumem um grande risco sendo eles mesmos. Eles se expõe mais ao julgamento alheio. Mas, certamente é muito mais honroso ser o que se é, a ser uma agradável besta aos olhos dos juizes da vida alheia, aos olhos dos pseudo bons, dos pseudo honestos, dos pseudo moralistas que vivem a crer que são sapientes quando, na verdade, pela sua pseudo esperteza são mais fáceis de enganar do que um infante inocente.

Cláudia de Marchi

Wonderland, 09 de abril de 2010.

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