Riscos da vida.
Apesar da dor, apesar dos ferimentos, apesar da mágoa, apesar da angústia é preferível cair da escada porque se tentou encostar na nuvem a viver ileso sem ter arriscado chegar ao céu. Você se arrepende de ter tentado apenas quando não logra êxito na tentativa, apenas quando a esperança se vê frustrada. Mas e se a tentativa tivesse dado certo? Não é, pois preferível arriscar algo a viver na comodidade da covardia e da inércia?
Todavia, desde que nascemos as possibilidades são de 50% para tudo: 50% as chances de ter êxito, 50% as chances de se frustrar, 50% as chances de ser feliz, 50% as chances de sofrer, mas quem é disse que depois do sofrimento não há alegria, e, quem é que diz que os felizes não sofrem? A felicidade é o estado de espírito do contente, mas ter contentamento perante a vida não significa ser imune a decepções, e consequentemente a uma boa dose de lágrimas provenientes de uma angústia triste.
Quando tomamos qualquer decisão estamos arriscando. Arriscando nossa paz, nosso esforço, nossa esperança que pode ser frustrada, mas quem disse que não vale a pena lutar por alguma coisa? Quem disse que não vale a pena dar um voto de confiança a si mesmo, aos próprios sentimentos, e ao outro quando nos pede? Quem disse, também, que o preço a pagar por acreditar em algo ou em alguém não pode ser bastante caro? Mas quem disse que não compensa? Quem disse que não vale a pena sofrer, se reerguer, mas ter vivido e, consequentemente ter experimentado na pele a alegria e a tristeza e, mais do que isso, ter se tornado alguém mais sapiente, mais sábio, mais forte, mais dono de si?
Se pudéssemos prever o nosso amanha pouparíamos lágrimas e não faríamos nenhuma escolha ruim, mas será que a vida antevista teria graça? Que graça tem a vida se não a de sabermos que não podemos ter certeza de nada, apenas que hoje amanhece um dia e que devemos aproveitar cada segundo porque nem o seu final é garantido. Viver é lidar com as incertezas, é optar pelo que acreditamos, ainda que sejamos persuadidos pelo engano. Viver é arriscar a própria pele para um dia podermos pensar: Sou feliz pelas minhas escolhas independente das lagrimas que chorei. O aprendizado ninguém leva, é aquisição eterna.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 10 de abril de 2010.
Apesar da dor, apesar dos ferimentos, apesar da mágoa, apesar da angústia é preferível cair da escada porque se tentou encostar na nuvem a viver ileso sem ter arriscado chegar ao céu. Você se arrepende de ter tentado apenas quando não logra êxito na tentativa, apenas quando a esperança se vê frustrada. Mas e se a tentativa tivesse dado certo? Não é, pois preferível arriscar algo a viver na comodidade da covardia e da inércia?
Todavia, desde que nascemos as possibilidades são de 50% para tudo: 50% as chances de ter êxito, 50% as chances de se frustrar, 50% as chances de ser feliz, 50% as chances de sofrer, mas quem é disse que depois do sofrimento não há alegria, e, quem é que diz que os felizes não sofrem? A felicidade é o estado de espírito do contente, mas ter contentamento perante a vida não significa ser imune a decepções, e consequentemente a uma boa dose de lágrimas provenientes de uma angústia triste.
Quando tomamos qualquer decisão estamos arriscando. Arriscando nossa paz, nosso esforço, nossa esperança que pode ser frustrada, mas quem disse que não vale a pena lutar por alguma coisa? Quem disse que não vale a pena dar um voto de confiança a si mesmo, aos próprios sentimentos, e ao outro quando nos pede? Quem disse, também, que o preço a pagar por acreditar em algo ou em alguém não pode ser bastante caro? Mas quem disse que não compensa? Quem disse que não vale a pena sofrer, se reerguer, mas ter vivido e, consequentemente ter experimentado na pele a alegria e a tristeza e, mais do que isso, ter se tornado alguém mais sapiente, mais sábio, mais forte, mais dono de si?
Se pudéssemos prever o nosso amanha pouparíamos lágrimas e não faríamos nenhuma escolha ruim, mas será que a vida antevista teria graça? Que graça tem a vida se não a de sabermos que não podemos ter certeza de nada, apenas que hoje amanhece um dia e que devemos aproveitar cada segundo porque nem o seu final é garantido. Viver é lidar com as incertezas, é optar pelo que acreditamos, ainda que sejamos persuadidos pelo engano. Viver é arriscar a própria pele para um dia podermos pensar: Sou feliz pelas minhas escolhas independente das lagrimas que chorei. O aprendizado ninguém leva, é aquisição eterna.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 10 de abril de 2010.
Prabéns.....vc escreve muito bem, suas cronicas são dignas de serem publicadas.
ResponderExcluir