Seres Inventivos
O ser humano é extremamente criativo e possui uma rara capacidade de invenção. Você se acha incapaz de inventar algo? Achou extremamente difícil a "invenção" de um texto para passar no vestibular? Pode ser que tenha tido esta dificuldade, mas, certamente se já passou por alguma decepção na vida posso garantir que é bem mais criativo do que pensa ser.
O ser humano inventa tanto que consegue inventar outra pessoa com base nos atributos que possui, sem ter consciência do engano que esta criando. A pessoa conhece alguém e aos poucos, juntamente com o que constata no outro, começa a dar um pouco de si: Um pouco de sua boa-fé, um pouco de suas virtudes e, é claro, de seus defeitos. E desenvolve a certeza de que aquele que esta a seu lado é aquilo que pensa que é. Até que um dia descobre que estava muito enganado.
Existem aqueles que enganam, existem muitos estelionatários afetivos. Mas, sobretudo existe o homem e seu coração, o homem e seus desejos, o homem e suas invenções, suas certezas baseadas no que vê no outro e de regra vê um pouco do que tem em si, não para menos pode devotar imensa confiança e amor para quem, um dia, cedo ou tarde, se mostra desmerecedor de qualquer crédito.
Ninguém se engana por deliberada intenção. Nenhuma pessoa lúcida pensa: "Agora eu vou encher meu coração de admiração pelas virtudes que admiro, mas que ele não tem, para um dia me decepcionar, me ferir, me magoar e chorar muito". O ser humano é inventivo, mas não o faz conscientemente, termina por inventar um ser que não existe apenas porque dá para o mundo e coloca em seu julgar as virtudes que possui, da mesma forma que fazem os maldosos que desconfiam até de um santo, justamente porque eles são maus na essência. Ninguém consegue ver o mundo sem usar as lentes de sua alma.
Cláudia de Marchi.
Wonderland, 09 de abril de 2010.
O ser humano é extremamente criativo e possui uma rara capacidade de invenção. Você se acha incapaz de inventar algo? Achou extremamente difícil a "invenção" de um texto para passar no vestibular? Pode ser que tenha tido esta dificuldade, mas, certamente se já passou por alguma decepção na vida posso garantir que é bem mais criativo do que pensa ser.
O ser humano inventa tanto que consegue inventar outra pessoa com base nos atributos que possui, sem ter consciência do engano que esta criando. A pessoa conhece alguém e aos poucos, juntamente com o que constata no outro, começa a dar um pouco de si: Um pouco de sua boa-fé, um pouco de suas virtudes e, é claro, de seus defeitos. E desenvolve a certeza de que aquele que esta a seu lado é aquilo que pensa que é. Até que um dia descobre que estava muito enganado.
Existem aqueles que enganam, existem muitos estelionatários afetivos. Mas, sobretudo existe o homem e seu coração, o homem e seus desejos, o homem e suas invenções, suas certezas baseadas no que vê no outro e de regra vê um pouco do que tem em si, não para menos pode devotar imensa confiança e amor para quem, um dia, cedo ou tarde, se mostra desmerecedor de qualquer crédito.
Ninguém se engana por deliberada intenção. Nenhuma pessoa lúcida pensa: "Agora eu vou encher meu coração de admiração pelas virtudes que admiro, mas que ele não tem, para um dia me decepcionar, me ferir, me magoar e chorar muito". O ser humano é inventivo, mas não o faz conscientemente, termina por inventar um ser que não existe apenas porque dá para o mundo e coloca em seu julgar as virtudes que possui, da mesma forma que fazem os maldosos que desconfiam até de um santo, justamente porque eles são maus na essência. Ninguém consegue ver o mundo sem usar as lentes de sua alma.
Cláudia de Marchi.
Wonderland, 09 de abril de 2010.
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