Paixão Nacional
Hoje é o dia que o Brasil pára. Dia de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo 2010. Futebol a paixão nacional, eis o que dizem. E tem que ser paixão mesmo porque apenas ela é assim, tão irracional e, porque não dizer, inexplicável.
Hoje à tarde quando a nossa seleção entra em campo, ricos, pobres, poderosos e subalternos se igualam, o futebol é algo muito democrático, ou melhor, a paixão por ele é que é. Une ponta a ponta do País num êxtase totalmente abstido de racionalidade, onde a Nação toda esquece das desigualdades sociais, dos problemas financeiros, e, inclusive dos próprios probleminhas particulares para ser curvar diante dos homens correndo atrás da bola. (Uau!)
O comércio fecha, o amor pelo trabalho (opa, esse daí nem 3% da população possui, do contrário teríamos uma sociedade de empreendedores e não de empregados) vai para a unha do dedão do pé e tudo o que importa é ver um gol, a bola entrando nas traves do adversário. Chega a ser algo quase obsceno de se dizer, todavia na prática é extremamente inocente, (nunca ouvi falar de quem tenha tido um orgasmo vendo essa cena, no entanto o Brasil pára para ver isso).
A paixão pelo futebol ao contrário de todas as outras paixões que temos em nossa vida, aparentemente não finda. O brasileiro não desiste dela nem se frustrando, não se irrita ao ver seus ídolos que ganham em um mês o que ele não ganhará em duas encarnações fazerem gafes futebolísticas, nada desconcentra o povo de sua paixão enfreada e sem explicação.
Não sou eu que irei explicar essa paixão do povo brasileiro pelo futebol, até porque não acho nenhum argumento plausível para tanto. Creio que as pessoas devem fazer o que desejam para serem felizes e se o Brasil se entusiasma e se alegra estagnando sua produção para assistir a um jogo de futebol quem sou eu para criticar? Não vou arriscar ser enxotada do meu País que apesar de ser cheio de problemas ainda é minha Pátria e nessa fase de dificuldades não desejo me tornar uma apátrida, talvez daqui uns anos eu pense sobre o assunto e fale o que eu pense, ou não.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 15 de junho de 2010
Hoje é o dia que o Brasil pára. Dia de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo 2010. Futebol a paixão nacional, eis o que dizem. E tem que ser paixão mesmo porque apenas ela é assim, tão irracional e, porque não dizer, inexplicável.
Hoje à tarde quando a nossa seleção entra em campo, ricos, pobres, poderosos e subalternos se igualam, o futebol é algo muito democrático, ou melhor, a paixão por ele é que é. Une ponta a ponta do País num êxtase totalmente abstido de racionalidade, onde a Nação toda esquece das desigualdades sociais, dos problemas financeiros, e, inclusive dos próprios probleminhas particulares para ser curvar diante dos homens correndo atrás da bola. (Uau!)
O comércio fecha, o amor pelo trabalho (opa, esse daí nem 3% da população possui, do contrário teríamos uma sociedade de empreendedores e não de empregados) vai para a unha do dedão do pé e tudo o que importa é ver um gol, a bola entrando nas traves do adversário. Chega a ser algo quase obsceno de se dizer, todavia na prática é extremamente inocente, (nunca ouvi falar de quem tenha tido um orgasmo vendo essa cena, no entanto o Brasil pára para ver isso).
A paixão pelo futebol ao contrário de todas as outras paixões que temos em nossa vida, aparentemente não finda. O brasileiro não desiste dela nem se frustrando, não se irrita ao ver seus ídolos que ganham em um mês o que ele não ganhará em duas encarnações fazerem gafes futebolísticas, nada desconcentra o povo de sua paixão enfreada e sem explicação.
Não sou eu que irei explicar essa paixão do povo brasileiro pelo futebol, até porque não acho nenhum argumento plausível para tanto. Creio que as pessoas devem fazer o que desejam para serem felizes e se o Brasil se entusiasma e se alegra estagnando sua produção para assistir a um jogo de futebol quem sou eu para criticar? Não vou arriscar ser enxotada do meu País que apesar de ser cheio de problemas ainda é minha Pátria e nessa fase de dificuldades não desejo me tornar uma apátrida, talvez daqui uns anos eu pense sobre o assunto e fale o que eu pense, ou não.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 15 de junho de 2010
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