Traficantes e usuários
Não quero falar se sou a favor ou contra a legalização das drogas. Confesso que tenho plena convicção que liberada ou não os usuários continuarão indo buscar o objeto de seu vício e que não seria nada mal tributar esses produtos, assim como o cigarro. Bem, isso são conjeturas e não o assunto deste texto.
Sou bastante objetiva e não cultivo muitas ilusões em minha mente. Quem veio antes, o ovo ou a galinha? O ladrão sobrevive do que? Da venda dos produtos roubados, na maioria das vezes. Então, quem o sustenta não são os receptadores? E porque a penalidade para estes é inferior a daqueles?
Existem crimes e atos que existem na dependência de atos alheios, exemplo disso é o tráfico de entorpecentes. Para quem os traficantes venderiam seus produtos se não existissem os usuários? Para ninguém, de repente consumiriam tudo para não perder o estoque e seria uma “limpa”: Todos morreriam de overdose.
Perdão á você, papai de família cujo filho é viciado. Para mim é fato que o Estado não esta conseguindo coibir o trafico ilícito de entorpecentes, logo, ou legaliza e tributa (porque, repito a proibição jamais foi motivo de impedimento para quem deseja se drogar), ou aprimora as leis e volta a inserir o viciado como criminoso.
Ah, mas o traficante é escroto, não presta. Pode ser, mas o traficante não trás as drogas para dar para pombinhas no parque, ele só trafica porque existem pessoas consumindo. A pena para os viciados poderia ser medida de segurança, internação até superar o vício, tudo com o devido acompanhamento psicológico, ou, se não se recuperar encaminhamento ao “xadrez” junto com seus amiguinhos traficantes,
Ninguém toma o rumo do vício porque é proibido e nem o fará se for liberado. Eles buscam nos entorpecentes, inclusive no álcool um escape para problemas de ordem psicológica, insegurança, pouca auto-estima, medo de viver. Mas não é porque os viciados se colocam em posição de coitados (ou, quem sabe, realmente sejam) que eles devam ser tratados desta forma, com piedade e afago na cabeça. Existem psicólogos, academia de ginástica, psiquiatras, eles poderiam escolher outro caminho para a sua cura ao invés de se embrenharem no triste caminho das drogas.
Sou, pois, a favor da criminalização do uso de drogas, ou, por outro lado bem diferente o da legalização geral e controle tributário e da receita federal sobre os produtos como acontece com cigarros e álcool que não deixam de serem drogas. Ou muda a legislação no primeiro aspecto ou no segundo porque, do jeito que está, o Estado vai perder a guerra para os traficantes. Sabem por quê? Porque os usuários estão do lado deles, apenas por isso.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 05 de junho de 2010.
Não quero falar se sou a favor ou contra a legalização das drogas. Confesso que tenho plena convicção que liberada ou não os usuários continuarão indo buscar o objeto de seu vício e que não seria nada mal tributar esses produtos, assim como o cigarro. Bem, isso são conjeturas e não o assunto deste texto.
Sou bastante objetiva e não cultivo muitas ilusões em minha mente. Quem veio antes, o ovo ou a galinha? O ladrão sobrevive do que? Da venda dos produtos roubados, na maioria das vezes. Então, quem o sustenta não são os receptadores? E porque a penalidade para estes é inferior a daqueles?
Existem crimes e atos que existem na dependência de atos alheios, exemplo disso é o tráfico de entorpecentes. Para quem os traficantes venderiam seus produtos se não existissem os usuários? Para ninguém, de repente consumiriam tudo para não perder o estoque e seria uma “limpa”: Todos morreriam de overdose.
Perdão á você, papai de família cujo filho é viciado. Para mim é fato que o Estado não esta conseguindo coibir o trafico ilícito de entorpecentes, logo, ou legaliza e tributa (porque, repito a proibição jamais foi motivo de impedimento para quem deseja se drogar), ou aprimora as leis e volta a inserir o viciado como criminoso.
Ah, mas o traficante é escroto, não presta. Pode ser, mas o traficante não trás as drogas para dar para pombinhas no parque, ele só trafica porque existem pessoas consumindo. A pena para os viciados poderia ser medida de segurança, internação até superar o vício, tudo com o devido acompanhamento psicológico, ou, se não se recuperar encaminhamento ao “xadrez” junto com seus amiguinhos traficantes,
Ninguém toma o rumo do vício porque é proibido e nem o fará se for liberado. Eles buscam nos entorpecentes, inclusive no álcool um escape para problemas de ordem psicológica, insegurança, pouca auto-estima, medo de viver. Mas não é porque os viciados se colocam em posição de coitados (ou, quem sabe, realmente sejam) que eles devam ser tratados desta forma, com piedade e afago na cabeça. Existem psicólogos, academia de ginástica, psiquiatras, eles poderiam escolher outro caminho para a sua cura ao invés de se embrenharem no triste caminho das drogas.
Sou, pois, a favor da criminalização do uso de drogas, ou, por outro lado bem diferente o da legalização geral e controle tributário e da receita federal sobre os produtos como acontece com cigarros e álcool que não deixam de serem drogas. Ou muda a legislação no primeiro aspecto ou no segundo porque, do jeito que está, o Estado vai perder a guerra para os traficantes. Sabem por quê? Porque os usuários estão do lado deles, apenas por isso.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 05 de junho de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.