Companheiros do perigo
Existem pessoas que acham que são “Deuses”. Elas vivem abusando da sorte e proteção que possuem, não valorizam amigos e ninguém que lhes estenda a mão. São egoístas e egocêntricas: elas acham que é “dever” de quem lhes cerca ajudarem-nas, e por isso são ingratas.
Elas não ouvem bons conselhos, ignoram-lhes e seguem suas vidas como se nada fosse lhes atingir. Como se elas pairassem acima de qualquer mal, de qualquer lógica, acima da lei dos homens, acima das leis divinas.
Muitas destas pessoas, não todas, são autodestrutivas, porque “brincam” com suas vidas, não se impondo limite algum: no transito correm demais, bebem e dirigem, bebem em demasia sem limite algum, recorrem a tudo que seja perigoso, misturam remédios e qualquer espécie de droga que todos sabem quão perigosas são.
Essas pessoas são companheiras do perigo. Elas precisam do risco para sentirem-se vivas e superiores aos outros. Em algum aspecto de suas vidas elas precisam se arriscar, seja no âmbito profissional, seja em relação a própria saúde e existência. Elas preferem passar a vida buscando a felicidade, tal qual um cão correndo atrás de seu rabo, do que assumir que podem ter paz e ser felizes como são e com o que possuem.
Elas brincam de ser “Deus” durante a vida, nunca ficam contentes, tentam se destruir aos poucos. Nem bem desejam viver, nem bem querem morrer. No fundo são covardes que têm medo de aproveitar a sorte, a proteção divina e a vida boa que podem levar, são viventes que não sabem viver. Coitados!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 06 de agosto de 2011.
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