Medo de temer
O comodismo e a covardia me assustam, inclusive em mim mesma. Em algum aspecto de nossa vida, um dia, nos “pegaremos” sendo acomodados ou covardes.
Deixamos o duvidoso pelo que é por nós conhecido, mesmo que não pareça ser verdadeiramente “certo”. Temos medo de mudar, de tentar e de fracassar, temos medo de revolucionar nossa vida e, por tal motivo, perdemos tempo, felicidade e paz. E, o que é pior, deixamos os outros desperdiçarem seu tempo conosco.
Nada mais triste do que se arrepender de não tentar, nada é mais vil e fraco do que o comodismo, o medo do novo, o medo da mudança. Nada mais tolo do que deixar de viajar por medo das curvas, por medo dos buracos, por medo dos outros.
Quem deixa de viajar por medo, deixa de ser feliz, deixa de conhecer a vida, deixa de conhecer locais melhores, mais belos, mais cômodos, mais “haver” com seus anseios e sonhos. Deixa de crescer, de aprender e se aprimorar na vida.
Eu aprendi a ter medo de temer, medo de me acomodar, medo de não experimentar o duvidoso e ser mais uma pessoa frustrada e hipócrita no mundo, mais uma pessoa que deixou a vida e as oportunidades passarem e, após anos, remói sua covardia, seu comodismo e seu fracasso.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 14 de agosto de 2011.
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