Analisada?
Detesto!
Eu não gosto
de ser analisada, detesto gente que pouco me conhece e tenta desvendar
sentimentos dos quais eu mesma faço questão de não falar a respeito, afinal de
contas, são meus!
Odeio psicologia
barata, odeio pseudo psicanalista da vida alheia! Quer compreender meus
sentimentos? Quer saber de quem eu gosto ou deixo de gostar? Quer conhecer os
meus motivos? Pague para me analisar, porque enquanto eu não pagar para ser
analisada, dispenso seus vãos comentários.
Da minha
vida eu tenho muito para falar, mas falo para quem quero. Detalhe: eu falo, não
gosto que ninguém que não tenha chorado em meu lugar tente analisar minhas
dores, frustrações e aprendizado.
Conto as
minhas experiências, as minhas dores, os meus tombos, tropeços e recomeço para
quem me convém, mas não dou liberdade, à pessoa alguma, para me julgar na minha
frente, se fizê-lo longe de meus olhos, nada poderei fazer, até descobrir, é
claro. Aliás, recomendo que isso seja feito longe de mim ou a pessoa corre o
risco de conquistar a minha amarga antipatia de imediato, literalmente, “na
cara”.
Não sou
objeto de análise científica, antropológica ou psicológica, eu posso me
criticar, eu posso analisar meu passado, meus erros e minha história, não dou permissão
para ninguém fazer o mesmo.
Não gosto de mudanças, gosto de ser sozinha e não
sinto solidão, o que não me impede de acreditar no amor entre duas pessoas,
algo que desconheço em minha vida atual. Enfim, eu sou simples, gosto de muitas
coisas, mas detesto ser assunto em pauta, detesto que meu coração, meus
sentimentos e minha conduta sejam objeto de análise ou critica alheios.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 29 de abril de 2012.
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