A
morte da confiança
É
triste perder, pela morte, quem você ama, mas também é triste quando morre a
sua confiança em quem esta vivo, em quem esta presente na sua vida, em quem,
outrora, significava muito para você.
A
sensação de traição é uma das piores formas de sofrimento que um ser humano
pode ter, é dolorida, é devastadora. Afoga, por um tempo, a sua capacidade de
confiar plenamente no que ouve ou vê. A dor muda você.
É
triste essa história de “confiar, desconfiando”, é triste se tornar uma pessoa
marcada pelo engano que já sofreu, é triste confiar tendo o receio de se
decepcionar. Não falo de um bloqueio, falo de mero receio, de certo temor.
Todavia,
a gente vive certas situações, a gente confia e se desaponta, porque, por algum
motivo, aquela pessoa nos conquistou, quando tudo passa, porém, você analisa
que a verdade estava nas entrelinhas dos atos e palavras de tal individuo, mas você,
tolo e imaturo, não percebeu.
Não
percebeu porque você confiava demais. Você acreditava nas desculpas, você acreditava
na mudança, você acreditava no que ouvia. De repente tudo cai por terra e você percebe
que se enganou, que confiou demais em quem não merecia confiança alguma.
Então
você chora, então você sofre, então você aprende. Aprende, mas não volta a ser
a mesma pessoa que era, você perde um pouco de sua capacidade de confiar
cegamente no que vê e no que ouve. Como tudo na vida, tal fato possui o lado evidentemente
ruim e o lado bom: você fica mais forte e menos capaz de se enganar com os
outros.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 22 de abril de 2012.
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