Independência
II
A única forma
de ter uma vida realmente independente é não tornar ninguém imprescindível em
sua vida. Quanto mais você precisa do intelecto, das atitudes, do afeto ou da atenção
do outro, quanto mais segredos seus ele sabe, mais dependente dele você se
torna, e isso é perigoso, porque a dependência é incondicional: por depender, você
aceita tudo ou “quase” tudo.
Você pode
ter um reinando, você pode ser um rei, se o peão souber muito sobre você, se o peão
souber tanto quanto você, se ele fizer o que você manda com mais prática do que
você, então você se sujeita a um plebeu e deixa de ser rei.
Não importa
o seu titulo, não importa o seu status, não importa o seu estado civil, não importa
a sua conta bancária, tampouco o seu poder, se alguém é extremamente necessário
em sua vida, você não é independente, você não manda na sua existência.
Ser independente
é não precisar de favores alheios, é não precisar da atitude do outro, da complacência,
dos elogios ou da dedicação extrema de ninguém. Ser independente é não ter medo
de nada que possa ser dito por quem sabe demais sobre você. Ter súditos é bom,
mas sujeitar-se a eles é péssimo, além de perigosíssimo.
A independência
lhe dá força, é a única forma que existe de dominar a própria vida. Você deve
gostar e admirar as pessoas, jamais ter necessidade delas, você deve amar, não depender
emocionalmente, você deve querer alguém por perto e não precisar da sua
presença, você deve querer a companhia de qualquer um, sem ter medo de ninguém.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 24 de abril de 2012.
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