Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Paixão: a droga.


Paixão: a droga.
A paixão colhe nossa inteligência, a paixão afoga nossa intuição, deturpa nossos sentidos. A paixão é uma droga que usamos alegremente, ela nos dá prazer, mas nos tira muitos sentimentos valiosos.
A paixão tem um gosto doce, nos deixa marcas na pele, no coração, na alma, todavia, a razão é o seu antídoto e, quando ele funciona, o que era alegria se torna dor.
Uma dor estranha, uma espécie de arrependimento que arranha a alma. A paixão, assim como qualquer sentimento que envolve o homem é perigosa. Ele consegue enxergar, mas não vê nada, ela turva sua visão, lhe faz ver o que convém, o que é bom, o que é melhor do que a realidade.
A paixão, como qualquer outra droga, mata o homem aos poucos, mas só mostra o seu lado feio, seu lado pérfido, quando o individuo tenta se afastar dela. Enquanto a pessoa esta por ela envolvida, nada dói demais, nada é pesado, ruim ou demasiado desagradável.
É quando o homem tenta se afastar dela, quando ele tenta recuperar seu altruísmo e independência emocional que percebe os efeitos devastadores de tal sentimento. É na abstinência que a droga mostra a sua verdadeira face.
Ele tenta sair, algo lhe prende. Ele tenta fugir, algo lhe segura. Ele tenta ser livre, algo lhe aprisiona. Ele tenta ser “ele mesmo”, mas descobre que se perdeu quando achava que tinha tudo, quando achava que o mundo estava sob os seus pés, mas, na verdade, era a realidade quem lhe esmagava.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de abril de 2012.

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