Efeito
espelho
O
primeiro grande passo para ser feliz ou, pelo menos, não sofrer em demasia na
vida afetiva é não esperar ver no outro um espelho moral seu, com os mesmos
valores, as mesmas virtudes e, principalmente o mesmo amor que você possui por
ele.
Este
“efeito espelho” gera inúmeros infortúnios amorosos, porque as pessoas passam a
ver o que desejam, acham que o outro quer o mesmo que elas, ou melhor, ela não
“acham”, elas têm certeza de que a outra pessoa nutre os mesmos sentimentos que
lhes devotam.
Quando
você olhar para as atitudes, gestos e palavras de quem você ama tente retirar o
espelho com moldura cor-de-rosa que você inseriu, por paixão, é claro. Paixão é
bom, mas dói, ela é como tequila, você bebe, e quando menos espera mal consegue
se levantar, e sofre amnésia de todos os momentos tragicômicos e fiascos que
fez.
Retornando
ao assunto cerne, veja quem o outro é e, pelas atitudes que ele toma, afira se
ele lhe ama na mesma medida. Não diga um “eu te adoro” por maior que seja a sua
vontade.
Sinta-se
adorada e amada primeiramente, tome dois copos de água, respire fundo, devore
uma barra de chocolates, beba algo alcoólico, mas nunca abra o seu coração
primeiro, espere e veja o outro como ele é e com os sentimentos que ele,
realmente, tem. Pode ser que, sem se abrir você não irá perder nada, mas com
certeza o seu orgulho sairá um tanto abalado. Mais do que chorar um pouquinho
não vai ocorrer, triste mesmo é alimentar uma paixão platônica e patética.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 10 de junho de 2012.
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