Quando as palavras são impotentes.
O que lhe marca e o que lhe encanta não se define,
se sente. As palavras são sempre parcas e insuficientes para definir os maiores
sentimentos e as melhores sensações que você pode experimentar.
Talvez o seu sentir transpareça em seu olhar,
talvez reflita no brilho dos seus olhos, no toque das suas mãos, mas, de regra,
quanto maior for a sua emoção, menos palavras você encontrará para definir o
momento em que elas emergem.
Você pode pensar que quando sentir tal “coisa” vai
pensar “assim” ou agir “assado”, antes do momento em que suas emoções afloram você
pensa que prevê tudo, mas quando elas eclodem você descobre quão vulnerável ao “previsível”
um ser humano pode se tornar.
Então, em certo momento de sua vida você percebe
que o que é realmente bom, é sentido, é tocado, mas não pode ser, com a mesma perfeição,
descrito, narrado, explicado.
As palavras dão o gosto para a vida, com elas você se
expressa, faz amigos, conta histórias, explica seu ponto de vista, dialoga, aconselha
e desabafa, mas elas se tornam pequenas diante de seus sentimentos, diante do
ato, enfim, de sentir-se plenamente bem. Existem momentos e sensações que
palavra alguma pode explicar. Eis a questão.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 02 de julho de 2012.
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