Beleza?
Beleza não
conquista felicidade, feiúra não lhe traz frustração. É de extrema ignorância achar
que a aparência física pode fazer alguma diferença real na sua vida afetiva e
emocional.
A forma
com que as pessoas encaram a beleza é como aquela que se encara o tipo de
cabelo que se tem: os que possuem melenas lisas gostariam de ter cabelo crespo,
e os “crespinhos” sonham com cabelos lisíssimos. Eles não sabem que, no fundo,
isso só muda o que eles irão enxergar no espelho, nada mais.
Ser bonito
atrai olhares, faz você ouvir mais cantadas e elogios, mas não lhe torna uma
pessoa melhor, muito menos, um ser humano mais amável ou mais bem amado, pelo
contrário, a beleza tem inúmeros “efeitos colaterais”.
Algumas pessoas
se assustam diante do belo, outras só querem usufruí-la, em nenhum caso você consegue
ter certeza de que esta sendo estimado pelo que você é, pela forma com que você
pensa ou por aquilo que atrai os olhos alheios.
A beleza,
por incrível que possa parecer, torna a pessoa um pouco insegura ou, em alguns
casos, um pouco solitária, em especial neste mundo estranho onde a aparência vale
mais do que a essência.
“Afinal, ele quer minha presença
porque eu sou bonita ou porque eu sou inteligente e bondosa?” Toda pessoa que
seja algo além de bela já se fez esta pergunta, então, eu lanço outra: será que
a beleza vale à pena? Será que não existem muitos custos a serem pagos por ela?
Talvez as respostas dependam da alma que esta por trás do belo corpo: quanto mais
vazia ela for, menos indagações ela fará.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 1º de julho de 2012.
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