Precisar?
Eu não preciso
de ninguém. Sim, não preciso. Não existe nada de desumano, de terrível ou demoníaco
nesta frase. Eu amo algumas pessoas, já amei outras, eu gosto de alguns, não gosto
de outros, mas ter “necessidade”, não. Precisar não é nobre, precisar não é
legal. Chega de confundir gostar com precisar!
Quem me conhece merece o meu amor ou meu desprezo, jamais
a minha necessidade, logo, não ache estranho eu não “precisar” de pessoa
alguma. Ou eu gosto ou desgosto, ou admiro, ou tenho piedade. Eu preciso
dormir, eu preciso de comida, de chocolate quando estou ansiosa, de vinho
quando quero celebrar, de carne quase todos os dias, de adoçante no leite, eu
preciso de um banheiro limpo, de cremes e de perfumes.
De gente eu não preciso e espero nunca precisar. Depender
de um ser humano é a forma mais hedionda de você provar para si mesmo a própria
vileza de caráter, a própria fraqueza e inúmeras fragilidades.
Você pode ter o sentimento que for por qualquer pessoa,
desde que você não tenha “necessidade” da sua existência, pode se considerar um
homem bom, um homem de brio, coragem e personalidade forte.
Precisar é triste, depender é terrível, sentir
necessidade de algo que não sejam objetos inanimados ou necessidade fisiológica
não é nada saudável, nenhum pouco compreensível. Pessoas foram feitas para serem
amadas, não usadas, você só deve precisar do que pode usar, não do que pode
amar. Se você necessita da existência de alguém, lamento lhe dizer, mas você precisa , isto sim, de um psicólogo.
Apenas uma
pessoa independente consegue ser capaz de entabular uma relação saudável com alguém,
quem é psiquicamente dependente de outro ser humano carece de muitas coisas,
principalmente de auto-estima o que é, realmente, um grande problema. Um
problema que precisa ser resolvido!
Passo
Fundo, 18 de junho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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