Sem
necessidade.
Amar é
adorar sem precisar. Onde um necessita do outro para qualquer coisa que seja não
existe amor, mas dependência, o que as pessoas costumam confundir com amor.
Amar é
desejar sem precisar de ajuda, de favores, de apoio moral, embora quem ame, lhe
apóie. A questão é o amado não precisar do amante, afinal, com o amor vem a
vontade de cuidar e zelar pelo outro, todavia o que não deve existir é uma
pessoa necessitando da outra e que, por isso, mantém-se ao seu lado.
Quando um
precisa de sustento financeiro ou emocional, quando uma pessoa não consegue
seguir a vida sem a presença da outra, não se trata de amor, mas de dependência,
de vício, algo quase doentio.
Ademais, não
existe amor incondicional, o limite deste sentimento é o amor e o respeito do
homem por si mesmo, antes do outro. Necessidade e dependência incondicionais
existem, amor incondicional só o de mãe e de torcedor fanático.
Aliás,
quanto mais você dá aquilo que o outro necessita, maior é o vinculo que você cria
com ele, ou seja: ele vai depender ainda mais de você e de sua boa vontade,
seja no aspecto que for. É um circulo vicioso.
Os menos maduros
confundem dependência com amor, crêem que você é “tudo” para a outra pessoa, mas
não é: você não passa de uma escora, de um pilar para a satisfação de suas
necessidades.
Quem ama é
livre, o amor é livre. Você pode estar onde quiser, mas, graças a tal
sentimento você escolhe ficar ao lado de determinada pessoa, você pode fazer o
que bem entender, mas escolhe fazer acompanhado com quem você ama, independente
das dificuldades e das diferenças inerentes aos seres humanos que advém com o
surgimento de um relacionamento amoroso.
Passo
Fundo, 13 de junho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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