Magôo
Se
eu magôo as pessoas, se eu faço alguns indivíduos sofrerem? Sim, claro que sim.
A única forma de não magoar ninguém neste mundo é mentir, é não ser você mesmo,
é fingir, é ir contra os seus instintos, as suas vontades, é, enfim, ir contra
você mesmo.
Eu
magôo, eu firo, eu avilto, eu ofendo e eu machuco corações, porque eu priorizo
a verdade na minha vida. Se você quer uma pessoa fácil, dócil e manipuladora,
uma pessoa que lhe faça sorrir mesmo sem lhe amar, que fique ao seu lado, mesmo
que não queira, mantenha distância de mim.
Tem
algo em mim que não aceita fazer o que o coração não quer, algo que me deixa
mal, que me faz o estomago doer, que me dá taquicardia e todas as espécies de
mal estar que uma pessoa pode sentir.
Eu
preciso agir de acordo com os meus sentimentos, eu sou capaz de muitas coisas,
mas eu não consigo fingir, não consigo ser falsa. Pode ser que eu lhe ame hoje
e deixe de amar amanha, por um motivo qualquer, o certo é que se eu estou com você
agora, é porque todas as moléculas do meu corpo lhe desejam, é porque meu coração
e minha mente querem.
Eu
faço apenas o que todo meu corpo, incluindo minha alma, anseiam, sou incapaz de
trair meus instintos, minhas vontades, meus sentimentos, meu coração e, por ser
assim, eu posso magoar quem me cerca, afinal, é impossível corresponder aos
sentimentos e desejos alheios sempre.
Eu
não sou perfeita, estou longe de ser santa, mas falsa, fingida e interesseira
eu nunca fui, nem serei. Se eu lhe amar, eu fico, se eu não lhe amar, faça-me
um favor: dê-me licença. Não é por querer que eu posso lhe magoar, é por
franqueza e dela, lamento, mas eu não abro mão.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 28 de junho de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.