Gente
normal
Tem coisas
com as quais eu não simpatizo, jeito de gente que eu não suporto. Não sou
perfeita e nem pago impostos para sê-lo, eu sou eu, quem gosta, gosta, quem não
gosta, odeia, e não me interessa, frise-se.
Eu não gosto
de gente fútil, acho horríveis aquelas pessoas que vão a um lugar e falam “aqui
só tem gente bonita”. Como se ser belo fosse a maior virtude do mundo, o
objetivo da humanidade.
Gente bela,
gente feia, para mim, gente é gente e tem valor pelo que é, pelos valores que
possui, não pelo abdômen tanquinho, coxas torneadas, lábios carnudos e melenas
bem cuidadas. Eu gosto de gente boa, de gente que é sexy pelas atitudes e
personalidade que tem.
Eu não distingo
as pessoas pela aparência que elas possuem, mas pelo caráter e valores que
abrigam em si, esses sim, são para sempre, e tendem a se aprimorar, enquanto a
beleza deprecia.
Também não gosto
de pessoas que só sabem falar “eu” e fazer perguntas aos outros. Gosto de quem
se expõe, sem ser chato, sem se achar o centro do universo. Gosto de quem
indaga, porque tem interesse em saber sobre o que pergunta, não por hábito ou
costume.
Gosto de
pessoas alegres, humoradas e sarcásticas, mas, principalmente, gosto de gente espontânea,
de quem não se faz de santa, de equilibrada, de justa e de honesta quando o
passado e os atos dizem o contrário. Eu gosto de quem “é”, não de quem “faz de
conta” que é.
Gosto de
gente educada, delicada e gentil, mas detesto bajuladores. Não gosto de pessoas
que querem me agradar, gosto de quem me agrada mesmo sem querer, gosto de quem
me agrada pelo que é, e não pelo empenho que faz em ser considerado “querido”
por mim.
Gosto de
quem me deixa livre para fazer o que quero, gosto de quem respeita as minhas
vontades e aceita os meus “nãos” como resposta. Não gosto de quem insiste.
Quando eu quero, eu quero, quando eu não quero, desista! Suma da minha frente,
ou eu sumirei da sua.
Tenho asco à
desonestidade, a pessoas levianas que agem ou já agiram sem sopesar os efeitos
de seus atos nas suas vidas, não gosto de quem prejudica alguém para obter
lucros, não gosto de quem pisa na moral e nos bons valores para ter uma vida
mais fácil e depois se faz de vitima dos “infortúnios” da vida.
Eu gosto de
gente transparente, de gente séria, de gente equilibrada, de gente mentalmente saudável,
mas não gosto dos “pseudo perfeitos”, daqueles que não bebem, não comem
gordura, não ultrapassam o limite de velocidade e não correm riscos. Não gosto
de gente chata, de gente que acha que a sua vida é um exemplo. Eu gosto mesmo é
de gente normal e gente normal nunca é perfeita.
Passo Fundo,
05 de junho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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