O
marco
Foi
num lapso, foi num piscar de olhos, como no poema, ocorreu de repente, não mais
que de repente: eu despertei para a vida e me senti realmente madura!
Consegui
ver os meus atos superficiais, o meu bem querer mal direcionado, o meu
comodismo e ceticismo, de forma imparcial e distanciada, então eu senti que o
que trazia prazer era ilusão, o que me fazia sorrir era banal e sem sentimento,
era frio, apesar da aura leve.
Percebi
nítida e notoriamente o que eu quero perto de mim e o que não quero mais em
minha vida. Enfim, eu consegui distinguir o que pode me fazer completa, daquilo
que me faz sentir uma felicidade frágil, gerada por uma quimera de ilusão.
De
repente, portanto, eu decidi optar por mim, pelos meus sonhos puros, pelo meu
lado inocente que espera e ainda crê no amor e nas suas dádivas. Foi assim, num
piscar de olhos mágico, que eu acordei para o meu futuro e senti o bem que eu
mereço e do que devo me afastar para encontrá-lo. Ilusões, nunca mais! Elas lhe
alegram por instantes e lhe fazem agoniar pelo dobro de tempo.
Pessoas
maduras, pessoas intensas não se contentam com superficialidades, com banalidades.
Pessoas como eu nasceram para serem protagonistas, não coadjuvantes, elas
querem saber onde pisam e não se sentem plenas com aquilo que não lhes toca o
fundo do coração. Eu sou assim, simples ou não, apenas sou, afinal não nasci
para agradar a ninguém.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 27 de junho de 2012.
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