A crônica abaixo é de 08/01/2007 anterior a criação do blog.
Vida
Nova
Com o
passar dos anos algumas pessoas adquirem um fetiche pelo próprio passado.
Guardam a impressão de que tiveram seus tempos áureos, que o tempo passou e as
suas únicas boas lembranças ficaram no passado para adoçar sua memória: "Eram
bons aqueles tempos", pois pode ter sido, mas esse belo tempo já passou e
o que não se admite é perder um belo presente enquanto se recorda do que já foi
e resta vivo apenas na memória.
Se
o passado já era, o presente é certo e um dia será passado, quiçá lembrado com
a mesma saudade com que deixamos suas horas escoarem por entre nossos dedos,
enquanto recordamos os "velhos tempos" que foram e não voltam mais.
Não devemos nos importar com o que fomos do hoje para trás, mas pensarmos no
que podemos fazer de hoje em diante para que no futuro estejamos curtindo uma
vida boa.
Vida
boa segundo nossas convicções: para alguns será estar com uma bela família, uma
conta bancária farta, sucesso nos negócios, amor no coração e boas companhias,
para outros é estar só para poder viajar pelo mundo sem se apegar a nada ou a
ninguém. Cada um na sua, mas com o desejo de ”realização” em comum.
Independentemente
das crenças, sonhos e desejos o certo é que curtir lembranças às vezes faz bem,
mas em excesso nos torna melancólicos, tristes e chatos. Tristes, sem que
saibamos a real razão de nossa tristeza. Acabamos nos entretendo com as
lembranças do que já foi e nos esquecendo de fazer acontecer no hoje, de viver
bem o presente da forma com que a vida se apresenta, afinal, bem ou mal, é esta
a forma que escolhemos viver.
A
gente colhe o que planta. Esse dia, no entanto, nem sempre é o dia programado,
o dia esperado para a colheita, às vezes o fruto amadurece quando achamos que é
tarde, mas, na verdade, nunca é tarde para quem vive. Então vamos esquecer o
passado e nos concentrar no hoje para que possamos colher bons frutos no
amanha, porque o passado já nos rendeu os louros, as lágrimas e os sorrisos que
tinha que nos render. Daqui para frente é vida nova, nova vida!
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 08 de janeiro de 2007.
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