Raiva
Tenha
certeza de que, quanto maior for a teimosia de sua paciência em se manter
forte, maior será a necessidade de que ela não esmoreça: respire fundo, reflita
e tente mantê-la intacta, afinal, a sua sanidade depende disso!
Seguidamente você vai sentir aquela vontade
imensa de levantar o tom de voz, de gritar com o outro, de mandá-lo para locais
inimagináveis, de mandá-lo tomar em qualquer local onde não verta água potável.
Às vezes a raiva vai ruborizar sua face, fazê-lo tremer e sentir sensações
péssimas!
Mas, do que
adianta se entregar a essa imensa vontade de mandar tudo para o alto? Nada!
Quando você se acalmar e voltar a ver a situação com a clareza da racionalidade,
verá como foi estúpido, tolo e vil, deixando-se levar por um sentimento tão
baixo.
Afinal,
raiva, ira e revolta passam, mas os efeitos dos atos que você toma guiado por
elas podem ser indeléveis, em especial na alma de quem vai lhe ouvir, no
coração de quem, talvez inocentemente, irá ver a sua “cena” iracunda e, porque não
dizer, patética. A raiva lhe aproxima da insanidade.
Quanto mais
você tem vontade de perder a paciência e a calma com alguém, mais necessário
será manter o equilíbrio, porque são nessas situações que você tem muito a
perder; Aliás, guiado pela raiva irracional, nenhum homem ganha nada, apenas o
desprezo e o desgosto alheio e perde aquilo que busca: a razão.
Passo
Fundo, 30 de maio de 2012.
Cláudia de
Marchi
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