Continuidade
O homem
procura continuidade. Ele quer dar continuidade a tudo que lhe parece bom, aprazível
e interessante. Ter que interromper algo, invariavelmente, contraria os
instintos humanos.
Obviamente, se a pessoa pré-estabelece
que algo não deve continuar, não se frustra se isso ocorrer, pelo contrário, é
essa a sua meta. Meta rara, de raros homens em raras circunstâncias.
O bom, o honesto, o não hipócrita, o
sincero, o valoroso, respeitável e digno são exceções. Quando algo preenche as
expectativas de quem procura algo assim, surge nova graça, novas esperanças,
novos anseios.
Então o homem quer que o prazer se
prolongue, que os sorrisos se mantenham, que, aquilo que lhe deixou contente,
tenha continuidade, evolua e cresça.
Planos são como crianças: deseja-se
acompanhar o seu crescimento, a sua evolução, a morte e o fim nada mais são do
que catástrofes ininteligíveis para o ser humano.
Pessoas gostam do que é bom, do que
lhes dá prazer e alegria, logo, elas querem que tais sensações se prolonguem,
se mantenham, continuem, enfim.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 03 de maio de 2012.
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