Confiança
difícil
O que
existe de mais difícil, atualmente, na minha vida é conseguir confiar nas
pessoas. Eu ouço frases, e me interesso pelas entrelinhas, eu ouço palavras,
mas me chama a atenção o que está por trás delas, o que não é revelado, o que
não me é dito.
Eu não
consigo acreditar em tudo o que ouço de todas as pessoas, mas, existem algumas
poucas pessoas que conquistaram a minha confiança, que, imperfeitas ou não,
ganharam de mim algo tão difícil de ganhar quanto meu próprio coração.
Eu
consigo confiar nestas pessoas, sei que elas me falam a verdade sobre seus
sentimentos, sobre suas esperanças e sobre seus atos. É intuitivo? É
instintivo? Eu não sei, mas é real!
Poucas
pessoas, quase nenhuma, conseguem a minha confiança. Algumas conseguem perde-la
em pouquíssimo tempo, afinal, eu acredito em atitudes e não em palavras e não
são poucas as pessoas que falam, falam e falam e nunca agem de acordo com suas
inúmeras palavras.
Outras,
porém, por um motivo ou outro, nunca terão a minha confiança, e,
conseqüentemente, o meu prezar, a minha admiração, o meu bem querer. A
confiança pode ser algo que se conquiste com o tempo, mas, se eu não intuir a
confiabilidade da pessoa, não consigo deixar o mínimo espaço de tempo passar
para que tal milagre (ou engodo) ocorra.
Sim, os
meus erros do passado, o meu hábito de confiar demais, de confiar uma, duas ou
três vezes na mesma pessoa me tornou esta pessoa que quase nunca confia em alguém.
Uma pessoa sozinha, mas feliz consigo mesma,
porque tenho plena certeza de que não irei dar confiança demais para quem não
merece o mínimo do meu prezar. Novos erros talvez eu cometa, os mesmos de ontem,
eu não pretendo cometer.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 06 de maio de 2012.
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