Eu gosto de gente.
É, eu
gosto de gente, mas eu gosto de gente leve, de gente humorada, de gente
carinhosa, de gente alegre, de gente pacifica e paciente, de gente que tem
classe, de gente elegante, sensível e franca.
Não preciso ser chamada de “querida”
por quem não gosta de mim, não preciso ser chamada de “amiga” por quem me
inveja, não preciso ser chamada de “amada” por quem não me ama. Eu gosto de
gente, mas eu não preciso me cercar de gente falsa.
Se eu gosto de gente, porque eu
convivo com poucas pessoas e confio em raríssimas? Porque as experiências que
tive me tornaram uma pessoa menos tola, menos iludível, mais auto-suficiente e
quase nada carente, todavia, não menos capaz de me relacionar, de amar e de dar
o meu melhor quando eu acho que alguém o merece.
Eu gosto
de quem não tem motivos e nem inventa razões para me invejar, eu gosto de quem
sabe dar a sua opinião sem desrespeitar a minha forma de agir e de pensar, eu
gosto de quem tem sensibilidade para falar o que deseja sem ofender a minha
liberdade de ser quem eu sou.
Não gosto
de quem quer receber confiança, mas omite fatos de sua vida dos quais não se
orgulha. Todo ser humano já confiou em quem não devia, já fez demais para quem não
merecia o mínimo, já errou e tem algo do qual se arrependa, ainda que seja ter
amado quem não lhe merecia, logo, eu não gosto de quem esconde demais: quem
omite muito é porque tem muita culpa.
Gosto de
gente transparente, de gente honesta, de gente de alma limpa e sorriso sincero,
gosto de gente que não tem medo de se envolver, gosto de gente que se entrega
ao que faz e ao que sente, gosto de gente que, apesar dos percalços da vida, é
feliz, é tranqüila e tem fé na vida.
Não gosto
de pessoas mal humoradas, problemáticas e amargas. As suas experiências ruins
podem diminuir um pouco a sua capacidade de confiar nos outros, mas não devem
lhe transformar numa pessoa azeda e chata. Eu não gosto de pessoas que reclamam
demais, que blasfemam e que culpam aos outros pelo que lhes acontece. Desprezo
covardia e pessoas acovardadas.
Gosto de
gente que sabe analisar a sua culpa, detesto quem se faz de vítima dos outros e
da vida (quanto mais “vitimismo”, maior a culpa). Eu gosto de gente que sabe
silenciar, que fala menos e pensa mais, gosto de quem sabe se colocar no lugar
do outro e, sobretudo, gosto de quem não faz ao outro o que não gostaria que
ele lhe fizesse. Enfim, eu gosto de gente boa e é esse tipo de pessoas que
mantenho ao meu redor!
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 19 de maio de 2012.
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