Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 19 de maio de 2012

Eu gosto de gente.



            Eu gosto de gente.
É, eu gosto de gente, mas eu gosto de gente leve, de gente humorada, de gente carinhosa, de gente alegre, de gente pacifica e paciente, de gente que tem classe, de gente elegante, sensível e franca.
            Não preciso ser chamada de “querida” por quem não gosta de mim, não preciso ser chamada de “amiga” por quem me inveja, não preciso ser chamada de “amada” por quem não me ama. Eu gosto de gente, mas eu não preciso me cercar de gente falsa.
            Se eu gosto de gente, porque eu convivo com poucas pessoas e confio em raríssimas? Porque as experiências que tive me tornaram uma pessoa menos tola, menos iludível, mais auto-suficiente e quase nada carente, todavia, não menos capaz de me relacionar, de amar e de dar o meu melhor quando eu acho que alguém o merece.
Eu gosto de quem não tem motivos e nem inventa razões para me invejar, eu gosto de quem sabe dar a sua opinião sem desrespeitar a minha forma de agir e de pensar, eu gosto de quem tem sensibilidade para falar o que deseja sem ofender a minha liberdade de ser quem eu sou.
Não gosto de quem quer receber confiança, mas omite fatos de sua vida dos quais não se orgulha. Todo ser humano já confiou em quem não devia, já fez demais para quem não merecia o mínimo, já errou e tem algo do qual se arrependa, ainda que seja ter amado quem não lhe merecia, logo, eu não gosto de quem esconde demais: quem omite muito é porque tem muita culpa.
Gosto de gente transparente, de gente honesta, de gente de alma limpa e sorriso sincero, gosto de gente que não tem medo de se envolver, gosto de gente que se entrega ao que faz e ao que sente, gosto de gente que, apesar dos percalços da vida, é feliz, é tranqüila e tem fé na vida.
Não gosto de pessoas mal humoradas, problemáticas e amargas. As suas experiências ruins podem diminuir um pouco a sua capacidade de confiar nos outros, mas não devem lhe transformar numa pessoa azeda e chata. Eu não gosto de pessoas que reclamam demais, que blasfemam e que culpam aos outros pelo que lhes acontece. Desprezo covardia e pessoas acovardadas.
Gosto de gente que sabe analisar a sua culpa, detesto quem se faz de vítima dos outros e da vida (quanto mais “vitimismo”, maior a culpa). Eu gosto de gente que sabe silenciar, que fala menos e pensa mais, gosto de quem sabe se colocar no lugar do outro e, sobretudo, gosto de quem não faz ao outro o que não gostaria que ele lhe fizesse. Enfim, eu gosto de gente boa e é esse tipo de pessoas que mantenho ao meu redor!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de maio de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.