Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Os que não sabem perder


Os que não sabem perder.

A vida afetiva do homem é feita de algumas conquistas e outras perdas. Quando não é o outro quem desiste de você, é você quem se decepciona, se frustra e desiste dele.
De uma forma ou outra, algo você perde: o afeto de quem você amou ou a crença ilusória de que ele era a pessoa “certa”. Em qualquer término, todos perdem, todos sofrem, todos saem frustrados, superar a frustração é uma questão de maturidade.
Me indigna conhecer e ouvir falar de pessoas que não sabem lidar com a perda e, por isso, inventam mentiras absurdas sobre quem, outrora, amavam e idolatravam, quando não os agridem verbal ou, no mais grave dos casos, fisicamente.
É algo de extremo mau gosto e baixeza moral a capacidade destes indivíduos em, tentando enganar aos outros, buscarem um elixir para a própria dor. Qualquer pessoa inteligente que ouça uma pessoa que foi apaixonada pela outra falando asneiras sobre ela, pensa: “Se isso fosse verdade, porque esta criatura corria atrás da outra? Por que abriu mão de tanta coisa em prol dela?”
Com exceção dos casos em que o sujeito foi realmente injustiçado a ponto de ter desistido do outro, dificilmente a razão acompanha esses indivíduos. Eles falam para sentirem-se melhores, eles criticam e inventam mentiras sobre o outro e até mesmo sobre o fim (há quem invente que rompeu, quando, na verdade, foi o outro) para amenizar a dor da rejeição, o que é uma demonstração do fato de não saberem lidar com a frustração inerente a perda.
            Há de tudo nesse mundo, e, infelizmente existem essas pessoas que não se conformam com a perda, que não sabem perder. Alguns, mais frios e insanos, matam quem outrora amavam por não aceitar o rompimento, outros, menos frios e insanos, mas igualmente idiotas, tentam matar a moral do outro. Independente do caso, para sua infâmia moral inexiste solução, mas, em ambas as situações tudo nasce de uma característica quase psicopata consistente em não aceitar o que lhes contraria.


Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 17 de maio de 2012.

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