Antinomias
da vida
É impossível
querer que os outros interpretem seus sentimentos e os fatos de sua vida com o
mesmo realismo de você que os vivencia e vivenciou, então aprenda a falar menos
a respeito de sua vida pessoal.
Quando você
se expõe, quando você conta seus infortúnios e dores, quando você fala demais
sobre seus atos, por mais insignificantes que eles lhe pareçam, se torna vulnerável
as criticas e julgamento alheio. Saliente-se que os outros lhe julgam como
querem.
É impossível
para eles saber exatamente tudo o que você passou, sentiu ou sofreu. As pessoas
são frias quando julgam a vida alheia, embora elas queiram a sua indulgência, a
sua compreensão, o calor de seu coração e a mansuetude da sua alma para serem
julgadas.
É, porém
com uma objetividade desproporcionalmente fria com que analisam os atos dos
tolos que falam demais, que, confiando, expõem as suas vidas e histórias. A
maioria das pessoas não lhe ama o suficiente para lhe compreender.
Quem lhe
ama, na verdade, vive com você, sabe do que você passou e consegue sim, ser
compreensivo e indulgente, os demais, de regra, exigem de você a perfeição nas
atitudes e na mente que eles mesmos não possuem. Quem lhe ama não coloca
palavras na sua boca e sentimentos em seu coração, eles sabem o que você pensa
e sente, eles acompanharam a sua trajetória.
A vida é
realmente antinômica: as pessoas astutas, frias e, realmente maldosas, falam
pouco de suas experiências pretéritas, porque se revestem de falso equilíbrio psíquico
e, por isso, são admiradas, são bem quistas e não são mal julgadas. Elas mais
calam do que falam, aprenda isso com elas, afinal, a sua maldade astuta, de
regra, funciona.
As pessoas
são tolas, elas julgam os sinceros, os que nada têm a esconder e, por isso, se
abrem, mas defendem os que são tão vis que fantasiam sua frieza “psicopática”
de equilíbrio emocional demasiado. Jovens ou velhos, experientes ou não, quase todos
caem nos truques destes indivíduos. É meu amigo, é muita antinomia nesta vida.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 06 de maio de 2012.
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