Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Divagações acerca das predileções de aparência física.


Divagações acerca das predileções de aparência física.

Eu sou uma pessoa estranha. Objetiva ao extremo, eu diria. Não curto imparcialidade, não gosto de “generalidades”. Curto o preto, curto o branco, detesto o cinza. Detesto o vácuo, detesto o que abrange tanto que não define nada. Odeio, tenho asco.
Falando sobre tipos de predileção física há meses com uma amiga ela me mostrou que sim, eles existem. Todavia, a gente não curte delimita-los, porque, não raras vezes, nos apaixonamos por quem não está dentro dele. E isso não é reprovável ou estranho.
As pessoas precisam saber que uma coisa é o que faz seu coração vibrar, uma coisa é o que lhe cativa pelo jeito de ser, pelo sorriso, por aquele “que” especial que só uma pessoa encantada enxerga, outra, muito diferente, é o que o nosso “eu materialista” prefere, é o que o nosso olhar, desprovido de afinidade ou paixão, encara. Literalmente.
Todo mundo tem predileções, ao menos no que tange a porte físico. Quando juntamos corpo com rosto o caldo entorna. Um sujeito bonito de rosto afasta qualquer descompasso com corpo na maioria das pessoas. Enfim, antes um gordinho com rosto lindo do que um cidadão sarado e sensual cujo rosto parece que foi atropelado por um caminhão. E, se o gorduchinho ainda fizer o seu tipo de predileção mental e psíquico, então, paixão na certa!
Entendeu a diferença? O conjunto importa, sendo que, para a maioria das pessoas, é o rosto (local do primeiro contato e onde está a boca que beijamos) que tem um “peso” maior no nosso instinto de atração.
Claro, haveremos de diferenciar o “lindo” do “bonito”: o lindo é aquele que tem tal simetria, tal altura, tal largura, tal rosto que se torna unanime. Mesmo que você só goste de loiros, um moreno lindo vai atrair o seu olhar. O lindo, nada mais é do que o praticamente incontestável. Aquilo que quase ninguém coloca defeito, que atrai a maioria dos olhares, aquilo que é democrático, enfim.
O lindo costuma ser o meio termo de tudo o que há. Nem alto, nem baixo, nem gordo, nem magro, nem estreito, nem demasiado largo, nem fraco, nem demasiado forte. O lindo, assim como a linda, tem o que é necessário, nem em demasia, nem de menos.
Em que pese tal fato, nem sempre será o lindo ou a linda que terão um intelecto capaz de nos conquistar, cujas palavras, pensamentos, cultura, postura e simpatia irá nos cativar, a ponto de ele ser por nós amado. Pessoas lindas são olhadas por todos, mas amadas apenas por quem, além de atrair-se por elas, simpatizam com sua essência e mente.
Todos têm tendência a gostar de um tipo físico ou outro, em especial quando o assunto é corpo, afora, é claro, os incontestáveis seres humanos lindos que atraem qualquer olhar. Rosto qualquer um concorda com o que é belo: pele lisa, bonita, boca e dentes bonitos, nariz pequeno nas mulheres, olhos expressivos, simetria, enfim. O nosso cérebro reconhece um belo rosto.
Já, quando o assunto é corpo, a coisa varia. Conheço quem curta gordinhos, altos, musculosos, magros, esqueléticos. O mesmo para homens. Tem os que gostam das fisicamente abastadas, exageradas, tem os que curtam as magricelas, e tem os que gostem de carne, muita carne. Das gordinhas, enfim.
Em que pese, não afastemos disso tudo a lindeza. Uma pessoa com um corpo simétrico, nem demais, nem de menos, costuma ser unanime, cativa os que curtem o excesso e os que curtem a singeleza demasiada. Mas, o “corpo lindo” é exceção, logo, a maioria vai se filiar aos demasiado magros, gordinhos ou gordos. Sempre haverá um tipo, quer você queira, quer não.
Refiro-me aos tipos do dia a dia, não a exceção que são os lindos. A regra na nossa vida é encontrarmos beleza, não lindeza, entende?! Beleza é aquilo que não é incontestável, mas é belo, o lindo é democraticamente unanime. É o equilíbrio, não a perfeição, frise-se bem, porque perfeito ninguém é, só programas de computador deixam o “fisicamente equilibrado” perfeito. Enfim, revistas, fotos, filmes.  
Então, não venha me dizer que você não tem um tipo de predileção. Você pode amar quem não se adeque a sua predileção, isso é comum, porque o amor está muito além de tendências de atração, mas, se o coração e a mente não falassem o seu olhar escolheria um tipo. Descubra qual seria, para não ser demasiado vago em suas afirmações. Simples assim.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de novembro de 2014. 

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