Malicia, inteligência e burrice.
Não confunda malicia com inteligência, não confunda
maldade com esperteza. Tem muita gente que consegue deturpar tudo o que ouve ou
vê, que enxerga maldade e indecorosidade até onde elas não existem, mas é
incapaz de interpretar um texto, é incapaz de ver o notório, de conjuminar
ideias simples.
Gente inteligente enxerga o obvio com certa
facilidade, gente inteligente vai além da primeira “vista”, vai além do vulgar,
mas não vê o que não existe, não coloca cabelo em ovos, por exemplo.
Gente maliciosa às vezes aparenta ser inteligente,
porque para cada estupidez existe um acerto. Acerto inquinado mais de maldade
do que de certeza, acerto inquinado mais de malicia do que de bom uso do
raciocínio e da lógica.
O que me indigna nesse povo ignorante e, portanto,
malicioso, mas inculto, além de burro, é o orgulho, é a ausência de vontade de
observar o “evoluído” e querer evoluir, seguir seu exemplo. Intelectualmente falando,
é claro!
Incrível, mas algumas coisas me deixam estarrecida!
Algumas mulheres não sabem sequer falar direito, não tem formação universitária
e o ultimo livro que leram por completo foi na infância (sendo que tinha mais
figurinhas do que palavras), mas, elas conseguem admirar o tamanho dos seios e da
bunda alheia sem se tocarem de que isso é supérfluo! É banal, é fácil de ser
conquistado ou adquirido. Enfim, elas não se importam para as ideias curtas se os
cabelos forem longos, pois.
O sonho delas é colocar silicone, ter dinheiro para
malhar tipo loucas e adquirir coxas e bunda homérica, mas pensar em estudar, em
evoluir, em crescer intelectualmente elas não pensam. Isso deve lhes parecer
“difícil” demais ou, simplesmente, não é algo que seu intelecto limitado
reconheça como “importante”.
Ah, mas esse povo consegue pensar que o namorado da
amiga pode lhe trair com a primeira piriguete oferecida que lhes apareça na
frente, afinal, ela (a “piri”) é siliconada, musculosa e usa roupas vulgares.
Então a sujeita que se acha esperta tenta plantar duvidas na mente alheia como
se presumir a vulgaridade moral do outro fosse algo inteligente ou esperto,
quando, na verdade, é malicia de mente tacanha, ignorante e frívola.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de novembro de 2014.
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