Reflexões acerca da exclusão de fotos.
Depois de duas horas excluindo fotos do facebook e,
automaticamente, refletindo, cheguei a algumas conclusões óbvias, todavia,
convenhamos que o óbvio só é “óbvio” depois que reconhecemos a sua obviedade.
Capiche?! Parece lógico, mas convém ser dito. Bem, vamos às ditas cujas
conclusões de uma sexta-feira à tarde em meio a fotos e recordações:
- O tempo é generoso com quem quer melhorar com
ele, seja física ou psiquicamente- eu melhorei em ambos os aspectos,
porque, olhando algumas fotos, não me acho apenas feia, com um cabelo
tenebroso, insossa e triste, me acho desequilibrada, tonta e perdida na
vida como um cão cego numa procissão em dia “santo”;
2- Os melhores momentos a gente não retrata, quando
o extremamente magnifico nos ocorre não temos tempo de pegar o celular ou a
máquina fotográfica;
3- Lembranças são boas, ainda que nem sempre elas
nos remetam a fatos felizes. Não raras vezes são os fatos tristes que mais
contribuem para a nossa evolução e maturidade, todavia, se pessoas que passaram
em nossa vida fossem tão boas para merecerem nosso eterno prezar, elas estariam
por nós sendo amadas e, a nós, amando, no presente, logo, não existem razões
para superestimar o passado, a menos que se queira deixar a felicidade do
presente para depois e, assim, perde-la em prol de algo que não mais voltará.
Se o que passou e quem passou por você fosse tão
magnifico, era presente e estaria presente! Portanto, o negócio é “deletar” o
que não nos agrega, o que deixou de nos fazer falta, incluindo fotos de
aparência interior e exterior que não nos pertencem mais.
Vamos ficar com “aquilo” que o nosso passado fez de
nós, com a nossa “versão” atualizada e aprimorada de quem um dia fomos, vamos
ficar com aqueles que a vida, em nosso momento presente, nos presenteou e
sigamos adiante com a certeza de que a felicidade a nós pertence, mas que ela
requer pressa e não protelação.
Façamos o nosso melhor que o melhor virá, mas não
esqueçamos que não podemos fazer nada melhor do que viver bem o único momento
que, realmente, temos: o agora. Somos o resultado do que nos ocorre, mas,
sobretudo, somos o resultado do que escolhemos nos tornar e recebemos da vida
aquilo que fizemos por dela merecer.
Logo, valorizar o que temos conosco no presente,
tirar fotos do dia de hoje, olhar nos olhos de quem está ao nosso lado é tudo o
que precisamos, afinal, em breve esses momentos presentes serão passado, mas o
que vivenciamos, sentimos e aqueles que amamos e nos amam, só ficarão no nosso
passado se não fizerem por merecer a nossa companhia no momento que sucede ao “agora”.
Se isso ocorrer, “apaguemos” eles também da timeline da nossa vida e rede
social, mas saibamos cuidar e valorizar enquanto são a nossa melhor escolha. E,
quiçá, ultima.
Cláudia de Marchi
Sinop/MT, 21 de novembro de 2014.
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