Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Reflexões acerca da exclusão de fotos.

Reflexões acerca da exclusão de fotos.

Depois de duas horas excluindo fotos do facebook e, automaticamente, refletindo, cheguei a algumas conclusões óbvias, todavia, convenhamos que o óbvio só é “óbvio” depois que reconhecemos a sua obviedade. Capiche?! Parece lógico, mas convém ser dito. Bem, vamos às ditas cujas conclusões de uma sexta-feira à tarde em meio a fotos e recordações:
  1. O tempo é generoso com quem quer melhorar com ele, seja física ou psiquicamente- eu melhorei em ambos os aspectos, porque, olhando algumas fotos, não me acho apenas feia, com um cabelo tenebroso, insossa e triste, me acho desequilibrada, tonta e perdida na vida como um cão cego numa procissão em dia “santo”;
2- Os melhores momentos a gente não retrata, quando o extremamente magnifico nos ocorre não temos tempo de pegar o celular ou a máquina fotográfica;
3- Lembranças são boas, ainda que nem sempre elas nos remetam a fatos felizes. Não raras vezes são os fatos tristes que mais contribuem para a nossa evolução e maturidade, todavia, se pessoas que passaram em nossa vida fossem tão boas para merecerem nosso eterno prezar, elas estariam por nós sendo amadas e, a nós, amando, no presente, logo, não existem razões para superestimar o passado, a menos que se queira deixar a felicidade do presente para depois e, assim, perde-la em prol de algo que não mais voltará.
Se o que passou e quem passou por você fosse tão magnifico, era presente e estaria presente! Portanto, o negócio é “deletar” o que não nos agrega, o que deixou de nos fazer falta, incluindo fotos de aparência interior e exterior que não nos pertencem mais.
Vamos ficar com “aquilo” que o nosso passado fez de nós, com a nossa “versão” atualizada e aprimorada de quem um dia fomos, vamos ficar com aqueles que a vida, em nosso momento presente, nos presenteou e sigamos adiante com a certeza de que a felicidade a nós pertence, mas que ela requer pressa e não protelação.
Façamos o nosso melhor que o melhor virá, mas não esqueçamos que não podemos fazer nada melhor do que viver bem o único momento que, realmente, temos: o agora. Somos o resultado do que nos ocorre, mas, sobretudo, somos o resultado do que escolhemos nos tornar e recebemos da vida aquilo que fizemos por dela merecer.
Logo, valorizar o que temos conosco no presente, tirar fotos do dia de hoje, olhar nos olhos de quem está ao nosso lado é tudo o que precisamos, afinal, em breve esses momentos presentes serão passado, mas o que vivenciamos, sentimos e aqueles que amamos e nos amam, só ficarão no nosso passado se não fizerem por merecer a nossa companhia no momento que sucede ao “agora”. Se isso ocorrer, “apaguemos” eles também da timeline da nossa vida e rede social, mas saibamos cuidar e valorizar enquanto são a nossa melhor escolha. E, quiçá, ultima.

Cláudia de Marchi

Sinop/MT, 21 de novembro de 2014.


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