Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Você mesmo.

Você mesmo.

Você não é os tombos que cai, os porres que toma, os erros que comete. Você é a soma de seus dias, o decurso da sua vida, o que você aprende, dentre erros e acertos. Generalizar alguém ou todos por conta de fatos isolados, mais do que tolice é algo vil demais.
Quem julga se condena, quem limita o outro a conceitos e pré-conceitos específicos entrega quem é, não quem o outro é. Toda generalização é burra, mais é maldosa e maledicente mesmo. Separe a parte do todo e resigne-se em saber que ninguém é perfeito, menos ainda quem acha que é Deus.
Eu gosto de gente que se assume, de quem não arrota santidade, de gente bem resolvida que assume o que é, porque é. Gente dentro do armário ou em cima do muro me anoja, porque quem é capaz de podar a si mesmo é capaz de coisas muito piores, portanto: assuma-se! Revele-se! Ame-se!
Se as pessoas que se acham santas soubessem quão bom é pecar, errar e ter o privilégio de ter um coração e mente libertos de dogmas e da opinião de outros hipócritas, trocariam o silêncio por gargalhadas, a reza pelo sorriso alegre e a introspecção demasiada por amigos filosofando em mesa de bar. Nada melhor do que ser grato à vida, vivenciado a felicidade, o animo e o amor.
As pessoas vão à igreja rezar e saem dela se escondendo em máscaras, saem de dentro dela imersas em medo, em receios, postergando a própria alegria e o gozo da própria liberdade psíquica para uma vida que não sabem se terão, para o post mortem do qual ninguém voltou. Como crer num criador do universo e trocar a alegria por cara amarrada e coração cheio de medo, desconfiança e receio? Ser feliz, para mim, é a melhor forma de agradecer a tal ser superior pela dádiva da vida. Nada além.
Mal sabem tais pessoais, portanto que a mais valorosa oração que podem fazer é serem felizes, é gargalhar, é ser livre, serem espontâneas, ser quem são sem medo e sem vergonha, respeitando, obviamente o direito de ser do outro.
Não compreendo como pessoas conseguem crer no invisível e castrarem-se da felicidade que está ao seu lado, mas que requer delas, coragem de assumirem-se e é isso que lhes falta. Ser você mesmo, meu caro, não é para qualquer um, mas, com certeza, é mérito de gente feliz e bem resolvida.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 12 de novembro de 2014.

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