Fazidos.
Eu não curto aquele povo que mais ouve do que fala
e adora a interjeição “ai, que horror!”. Sabe o tipo que não bebe, não fuma e
não fode?! O estilo super, hiper, mega “santo” de ser humano? Eu não suporto!
Primeiramente, porque quem não gosta de nada que é
ilegal, imoral ou engordativo não existe. Existe, isto sim, aquele tipo abjeto
de gente que adora fazer de conta que está num patamar de perfeição superior,
pessoas moralmente intocáveis, enfim.
Eu gosto de gente espontânea, gente que não nega
que erra, gente que admite o que faz e, porque faz, gente que não tem vergonha
dos pileques que toma e dos tombos que cai, eu gosto de gente que não se vexa
com as próprias decisões, pelo contrário, as assume e, quiçá, impõe para si o
dever de fazer melhor numa próxima vez, mas que não tenta esconder do mundo e
até de si mesmo, quem é e o que fez ou faz.
Eu gosto de quem se assume, de quem dá a cara a
tapa. Tenho ojeriza por quem se escandaliza com tudo e faz escândalos piores
quieto. Eu curto gente com alto astral, gente de uma cara só.
Antes uma piriguete assumida do que aquelas que se
fazem de crente e santa e saem aprontando escondido e, o que é pior, falando
mal de quem se banca e não tem vergonha do que faz. Meu amigo, aprenda uma
coisa: o pior tipo de puta é o que se faz de santa.
Gente cheia de “ais” me entedia, mais, me causa
desconfiança, porque, no mundo em que vivo, ninguém é perfeito, logo, quanto
mais a pessoa tenta fazer-se de santa, mais eu desconfio dela. Simples: eu
gosto de gente madura, bem resolvida e transparente, o resto me dá náusea. E
medo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de novembro de 2014.
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