Álcool é droga!
Nós vivemos na cultura do álcool. As pessoas não pensam num happy hour sem um chopinho, numa macarronada em restaurante chique sem um bom vinho, num churrasco sem cerveja, num casamento sem espumante, num jogo de pôquer sem whisky. Ou melhor, existem os que pensam e os que conseguem não render-se a esta cultura, estes são, com certeza, os que já fizeram bastante farra e tomaram alguns porres e as pessoas com tendências mais “naturebas”.
Eu fui abstemia até meus vinte e cinco anos, mas deixei de ser por um tempo. Fato é que bebida alcoólica é que nem pizza: sempre haverá uma, com um sabor, que combina com a gente. Você pode refugar a cerveja, mas cai de boca na caipirinha, não aceita o vinho, mas simpatiza com a espumante, sem contar as bebidas doces que são capazes de enganar até uma criança, vez que o açúcar ameniza o gosto do álcool. Eu disse o gosto, não os efeitos.
Enfim, desde a nossa infância a gente vê as pessoas bebendo, até mesmo nos velhos quadros da Santa Ceia! Acontece que, das drogas licitas o álcool é a pior. Independente da quantidade é comprovado cientificamente que ele altera os nossos sentidos, o nosso humor e, porque não dizer, a nossa personalidade. Cigarro faz mal? Faz, mas você nunca verá um fumante ter uma crise de depressão, um rompante de agressividade verbal ou física ou causar acidentes, inclusive mortes, no transito.
Nas redes sociais sempre foi cultuada a cultura do álcool, como, por exemplo, naquelas postagens "nenhuma história legal começa com um dia comendo uma salada" (acho que é assim), ou, então, "nunca fiz amigos bebendo leite". A questão é: essa sua história não termina em algum fiasco? Você não terminou a noite vomitando no banheiro? Não brigou com o namorado sem nenhuma razão lógica? Não deixou seus pais preocupados? Não ficou com ressaca no outro dia e mal pode participar do churrasco de domingo? E os amigos que você fez bebendo, pode contar com eles quando está sóbrio e sem dinheiro pra beber? A questão que as pessoas não pensam é sobre a qualidade da situação e dos sentimentos advindos das situações de "bebedeira". O álcool fomenta a ilusão da alegria, mas termina gerando situações desagradáveis quando consumido demais.
Nas redes sociais sempre foi cultuada a cultura do álcool, como, por exemplo, naquelas postagens "nenhuma história legal começa com um dia comendo uma salada" (acho que é assim), ou, então, "nunca fiz amigos bebendo leite". A questão é: essa sua história não termina em algum fiasco? Você não terminou a noite vomitando no banheiro? Não brigou com o namorado sem nenhuma razão lógica? Não deixou seus pais preocupados? Não ficou com ressaca no outro dia e mal pode participar do churrasco de domingo? E os amigos que você fez bebendo, pode contar com eles quando está sóbrio e sem dinheiro pra beber? A questão que as pessoas não pensam é sobre a qualidade da situação e dos sentimentos advindos das situações de "bebedeira". O álcool fomenta a ilusão da alegria, mas termina gerando situações desagradáveis quando consumido demais.
Ocorre que é muito possível você viver sem beber. Existem inúmeros sabores de sucos e refrigerantes, sem contar a boa e velha água. Você pode sair jantar e não beber, reunir-se com os amigos e não beber. É possível socializar e ser feliz sem beber, desde que, é claro, você seja uma pessoa alegre e sociável. Esse lance de que roda de amigos combina com chopp gelado é coisa de propaganda de televisão, o mesmo para a espumante na hora de comemorar alguma coisa, a cerveja da sexta-feira e o whisky para afogar as mágoas num bar depois de uma briga com a esposa ou com o chefe.
Isso é cena de filme, não se adequa a vida real, sabe por quê? Porque, seja o que for que você esteja sentindo vai ficar muito pior quando o pileque passar. Se você está mal, procure fazer o que lhe faz bem ou, em ultimo caso, procure um médico. As más fases da vida da gente não combinam com bebida alguma, sei por experiência própria. Dor a gente vivencia e supera, se apegar a qualquer coisa que fomente uma “fuga” temporária da realidade só faz piorar a situação. E o nosso autoconceito. E o conceito dos outros a nosso respeito.
Beber moderadamente? É uma possibilidade, mas não um conselho. O ideal seria que as futuras gerações que, lamentavelmente estão bebendo e consumindo outras drogas cada vez mais cedo, se desprendessem dessa cultura, que cultivassem a vida com a “cara limpa”, sem drogas e falsos enfeites sobre a realidade. O que dependerá muito da educação que terão. Enfim, não se sabe o que é o exato “moderado”. Na verdade o álcool vicia e o que é 2 hoje vai ser 5 amanha e 10 depois de amanha. Enfim, o moderado de hoje será o exagero amanha.
Todavia, não se pode negar: o melhor caminho é o da limitação.
Impor-se limites, saber os seus limites, mas, como falar disso com um alcoólatra por exemplo? Difícil, pessoas com tal característica passaram do que pode ser tido como moderado há muito tempo. Elas não bebem só por gostar, elas bebem porque precisam, porque não conseguem viver sem o álcool assim como qualquer maconheiro não vive sem maconha. Álcool é droga. E o pior, é licita e barata.
Cláudia de Marchi
Sorriso, 12 de maio de 2014.
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