Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O amor e a solteirice.

O amor e a solteirice.

Eu estava passeando pela internet quando avistei uma crônica voltada ao público masculino intitulada como “Cinco motivos para continuar solteiro”, pois eu não desperdicei meu tempo lendo, afinal eu pensei: “Só cinco?”. Eu acho que todos tem muito mais do que cinco razões para ficarem solteiros.
Na realidade, na minha modesta opinião, a única razão que justifica um namoro e um casamento é o amor. Quando você está solteiro não precisa discutir a relação, não tem embates baseados em ciúme, não fica curioso a respeito do que o outro está achando da relação, com quem ele conversa, se ele está feliz, se está triste ou frustrado.
A solteirice é tranquila, sem discussões, sem aquela raiva que surge quando o parceiro fala ou faz algo que nos magoa ou irrita. Solteiros tem a cama só pra eles, comem o que e quando querem, dormem quando desejam, bebem o quanto querem em qualquer dia e, em resumo, não precisam dar satisfação de absolutamente nada para alguém.
Atraente não? Pois é, muito. Até você se apaixonar por alguém e depender do “bom dia” dele para ter, de fato, um dia bom, depender do “boa noite” para dormir bem, do beijo e do abraço para se acalmar e do sorriso dele para sentir paz.
Ser solteiro é um paraíso, mas amar é melhor. Quando você ama alguém, qualquer concessão é feita com entusiasmo, tudo o que quem não ama acha de inconveniente no casamento, quem ama não liga, faz por e com amor tudo e isso faz tudo valer a pena.
Por outro lado, ter uma relação com quem não se ama é um crime contra a possibilidade de ser feliz, é um atentado ao psiquismo de qualquer pessoa. Com amor os relacionamentos não são fáceis, sem amor eles são praticamente impossíveis de manter.
Não por menos, quem não ama o parceiro e está com ele pelos filhos, pela sociedade, em respeito à família ou por mero comodismo e medo dos efeitos que um “não te amo mais” acarreta, tende a sofrer e, também, a ser infiel. Quem não ama pensa como solteiro, mas se obriga a agir como casado e desta “obrigação” surge uma frustração imensa.
É o amor que nos move a ficar com alguém, a ser leal, a ser sincero, a ser o que de melhor podemos ser, todavia, amar não é garantia de que você nunca vai se irritar, que você nunca vai ter vontade de fugir. O amor é, pura e simplesmente, aquilo que, quando nenhuma algema lhe prende, quando ninguém lhe segura, quando você pode ir pra onde quiser, não consegue, porque por maiores que sejam as dificuldades e as diferenças, a vontade de estar com o outro é maior, a vontade de dormir e acordar com ele é maior.
Amor não implica numa relação perfeita, afinal duas pessoas que tiveram criação diferente, experiências diferentes, que possuem personalidades distintas, nunca terão um relacionamento livre de discordâncias, o amor, implica, em suma em, apesar de qualquer “porém”, ter vontade de ficar com o outro e sentir-se plenamente feliz ao seu lado. Feliz toda hora, feliz todo o tempo? Não, obviamente, mas feliz por estar ao lado de quem se ama, de forma que, mesmo quando descontente você encontre razões para ficar.

 Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de maio de 2014.

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