Sutilezas
"O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes morre." Frase de Lord Byron, escritor britânico. Frase muito verdadeira, todavia, a maioria vive como se ignorasse tal fato.
Sabe aquela história de casar e passar a deixar de lado todos os pequenos agrados? Pois é, eles são pequenos, a atitude de deixa-los de lado não é nenhuma traição, mas, aos poucos, ela mata o carinho.
Um relacionamento amoroso não é feito só de mensagens de “eu te amo” ou de um “sou louco por você” dito em momentos de intimidade. Existe algo muito, mas muito importante: os olhares.
A gente sabe quando uma pessoa ama a outra pelo olhar de admiração que ela lhe direciona. Da mesma forma que a gente sabe que é amado não pelas palavras, mas pela forma com que o outro nos olha. Olhar de ternura, olhar de encantamento, olhar amoroso. Acertou quem disse que “um olhar vale mais que mil palavras”. Pois, ele vale.
E um olhar é uma pequena coisa, não é?! Uma pequena coisa capaz de encantar e, na sua ausência, uma pequena coisa capaz de desencantar, de frustrar, de decepcionar. Você já reparou como casais em crise não se olham mais? Pois é, menos ainda nos olhos um do outro.
As pessoas gostam de falar de infidelidade e desrespeito como geradores de fins de romance. Todavia, faço uma comparação: homicídio é um crime grave, mas quem disse que agressão física não é crime? Enfim, traição e qualquer espécie de desrespeito são os homicídios nos relacionamentos. É o fim, é indiscutivelmente grande, sério, grave.
Todavia, existem atos menores que, também são crimes nos relacionamentos. São as coisas do dia a dia, a desatenção, a falta de diálogo, a falta de carinho, a falta de beijo, a falta de abraço, as irritações tolas, as reclamações egoístas, as exigências demasiadas, o egoísmo, a ausência, a falta de consideração e valorização que aniquilam com o amor.
Relacionamentos, seguidamente, não terminam por uma grande causa, assim como não começam com uma. São as coisas mais singelas que encantam, assim como são as coisas singelas que frustram e, e a frustração repetida acaba com o encanto. E sem encanto, cedo ou tarde, o amor morre.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de maio de 2014.
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