Pessoas raras, momentos raros.
Eu sou da opinião de que são poucas as pessoas que passam por nossa vida e nos fazem bem. Não me refiro unicamente a quem convive conosco numa relação amorosa, mas as pessoas que cotidianamente conhecemos e, não raras vezes, abalam a fé que temos no ser humano.
É o cidadão que ganha dinheiro à custa da miséria alheia, é a pessoa que só pensa em si e faz pouco caso da dor e dos problemas alheios, é a ingratidão de quem não reconhece os atos alheios, é a infidelidade dos que se fazem de “fiéis e dedicados”, a mentira dos que juram que são sinceros, a grosseria e a estupidez de quem não sabe pedir ou liderar, são as fofocas das pseudoamigas invejosas, o recalque de conhecidos mal amados.
Mas, em momentos raros da nossa vida a história pode mudar. Conhecemos pessoas humildes, gratas, empáticas, capazes de colocarem-se no lugar do outro e de indignar-se com injustiças. Conhecemos pessoas bem resolvidas, educadas, delicadas e felizes consigo mesmas.
Logo, nós que sempre nos indignamos diante da desonestidade, da ambição desmedida, do egoísmo doentio, da ingratidão, da futilidade e da hipocrisia somos surpreendidos por seres que, por alguma razão, Deus coloca em nossa vida.
Sei que é péssimo assistir noticiários e ver as desgraças que ocorrem, levantar cedo para trabalhar e conviver com pessoas de índole diferente da nossa, ir no clube e encontrar pessoas que só sabem falar de beleza e dinheiro, sair a noite e ver pessoas que mais se exibem e se enfeitam do que raciocinam, todavia, tão impactante quanto as situações tristes ou inconvenientes devem ser as alegres, as boas, as de amor, de doação, de compaixão, de afinidades e de reconhecimento. Quem se assusta com a tempestade deve ser capaz de rejubilar-se com o nascer do sol, do contrário o problema não estará no mundo, mas em quem o olha.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 16 de maio de 2014.
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