Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Confio?

Confio?



Eu confio sempre, até “segunda ordem”. Outrora, porém existiam mais requisitos para se chegar a tal “ordem”, hoje eles diminuíram e, uma simples brincadeira pode me fazer desconfiar.
A vida me ensinou que por trás de muitas mentiras existe a verdade, que por trás de algumas verdades, existe um pouco de mentiras, que por trás de cada sorriso há ou já houve alguma dor, e, por traz da dor, já houve alegria e animação. De tudo, o mais cômico que a vida me ensinou é que, por trás de muitas brincadeiras, existe muita seriedade, muitas verdades seriíssimas.
As pessoas mascaram a tristeza com o sorriso, a frustração e a decadência com auto-afirmações, mascaram a dor com uma euforia doentia e, finalmente, mascaram quem realmente são, como realmente pensam, com o que chamam de “brincadeiras”.
Brincadeiras de verdade existem entre as crianças, porque elas são inocentes e dizem verdades sem precisar brincar. Adultos brincam para esconder o que não desejam que seja revelado, para omitir traços vis de sua personalidade, para se esconder na covardia diante do medo de serem verdadeiros, francos e autênticos, para poderem menosprezar o outro e se exaltarem, chamando isso de “grande amizade”.
Logo, o que não soa inspirador ou alegre é o fato de que, com as experiências que tive, passei a desconfiar do homem e suas “brincadeiras” insossas, de palavras ditas ao vento que já foram repetidas para muitos outros indivíduos, desconfio, até mesmo, do que é sempre agradável e nunca autêntico. A vida me tornou mais desconfiada, contudo, menos tola, menos “iludível”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 01 de novembro de 2011.

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