Avareza
Não ter dinheiro, ser pobre, não é defeito, ser avarento é. Quem adquire o hábito de economizar demais, acaba por poupar racionalidade, sensibilidade e atitudes nobres, mas não vê, enquanto se distrai contando seu dinheiro.
Para tudo existe limite, inclusive para o hábito de poupar. O cidadão que economiza demais, que nunca pensa em dividir ou diminuir, ou seja, agraciar alguém com “algo”, acaba por desvalorizar a qualidade de vida, inclusive a de seus relacionamentos.
Todo homem que procura dinheiro, antes de amor, que visa ao salário e não as demais virtudes de uma mulher, por exemplo, se desvirtua. Deixa de ser generoso, gentil, cavalheiro, educado e romântico, passa a ser apenas mais um cidadão com dinheiro na conta e com o coração vazio, sem saber o “motivo”.
O avarento vive na pobreza, ou melhor, a avareza é filha da pobreza da alma. Se você não quer gastar, não se relacione com ninguém, não queira uma companhia com auto-estima, lazer ou nada assemelhado. Fique sozinho, nada é mais econômico do que ser solitário. O convívio social e afetivo implica em gastos, implica num certo desapego do que é material.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de novembro de 2011.
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