Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Divagações acerca da mentira alheia e do meu espirito livre.

Divagações acerca da mentira alheia e do meu espirito livre.

Eu tenho preguiça para desmentir as pessoas. Preguiça proveniente do meu excesso de vergonha na cara: a minha se estende aos outros. Eu tenho "vergonha alheia", fazer o que?! Lendo isso parece que sou muito tímida, contida e introvertida, certo? Isso, porque você confunde timidez com brio, com caráter e moral.
Eu tenho dignidade e brio, nem por isso sou uma chatinha que se faz de "santa". Danço quando, onde e como quero, bebo quando, onde, porque e o quanto quero, como o quanto desejo, dou risada alta e sorrio até para as paredes quando estou demasiado alegre.
Assim, sou eu: um misto entre o imensurável bom humor e alegria paterna e a demasiada sinceridade, transparência e humor sarcástico da minha mamãe, meu orgulho! E, francamente? Só se "afina" comigo quem não confunde as coisas, quem não julga cérebro pelo corpo, quem não julga moralidade pela extroversão, caráter pela alegria, decência pelo riso frouxo.
Enfim, só gente de mente aberta, mas cérebro cheio me entende e sabe que minha vergonha na cara se estende até àqueles que não têm. Logo, quer me mentir, eu vou deixar, não vou lhe constranger, todavia, não vou mais confiar em você. Simples!
Eu não curto "mistérios" e enigmas, para mim e em relação às decisões que tomo, dois mais dois, sempre serão quatro, logo, a consideração, respeito e confiança que lhe dou é proporcional a que me foi dada. Você age, eu reajo. Do meu jeito.
Não curto corrigir mentirosos, porque, enfim, acho um dispêndio desnecessário de energia: eles irão manter a falácia e a gente vai se irritar ainda mais com a sua cara de pau. Quem quer falar a verdade, fala, quem não quer, mente jurando pela vida da mãe!
Sou o tipo de pessoa que detesta ser corrigida e tenta evitar corrigir os outros, desde o mau uso do vocabulário, até aquela sinceridade infame que sugere que o outro emagreça, por exemplo.
Sou livre e sou a favor da liberdade. Todos têm espelhos, todos têm acesso à internet, dicionário e gramáticas, via de consequência e, mais, presumo que todos tenham consciência, logo, deixo os mentirosos acharem que logram êxito comigo. Mas não logram, só que seria muito chato demonstrar que sei a verdade.
Se eles querem, que se iludam, deve ser muito ruim viver precisando mentir para sentir-se melhor com a própria consciência, afinal, quem mente sente vergonha do que faz e, se sente vergonha e faz, isso já é demasiado humilhante. Mascarar seus atos para parecer, a si mesmo, menos vil! Ai que dó! Logo, prefiro calar-me e cuidar da minha vida que é divertida o suficiente!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 08 de dezembro de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.