Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O rebote da beleza.

O rebote da beleza.

Numa sociedade em que ainda existem muitas mulheres que escolhem o parceiro pelo carro e pela profissão, num mundo em que inúmeras jovens fazem curso superior para agradar a sociedade vez que, como ambição, cultivam o desejo reacionário de casar-se com o cara mais rico que conhecerem, fico realmente feliz e orgulhosa quando conheço mulheres esforçadas, mulheres que batalham por seus sonhos, mulheres que batalham pelo seu próprio pão e construção de seu futuro.
Ao saber que uma conterrânea minha foi empossada no cargo de juíza, sendo a mais jovem do País, senti um “que” de esperança no futuro dessa juventude que está vivendo num vácuo entre a aparência de independência e a vontade de acomodar-se ao lado de alguém que lhes dê conforto e luxo, mais do que amor.
É o que vejo seguidamente ao deparar-me com mocinhas jovens que não se dedicam a falar corretamente, a ler um livro e a estudar com afinco, mas que gastam o que possuem e o que não possuem para ficar com um corpão sarado.
Essa geração do peitão, bundão, coxão e cabelão, não raras vezes, se esquece de que beleza não irá lhe sustentar. Ah, mas vai ajudar-lhes a casar com um fazendeiro rico? Se o cara for tão idiota quanto e se você quiser ser mera serviçal e não esposa, talvez. Onde a dependência financeira faz morada, minha filha, você perde o próprio arbítrio, a própria liberdade pela qual uma linda geração de mulheres tanto lutou.
“Ganhe pouco ou ganhe muito, mas tenha o seu”. Foi isso que minha mãe me ensinou e eu aprendi com honra. Logo, fico muito feliz ao ver jovens cuja beleza não se circunscreve a medidas, mas que está no caráter, na atitude, na dedicação e na mente. Acredite, minha cara, num mundo em que parcelam cirurgias plásticas em 24 meses, num mundo em que existe mais de uma academia de ginástica por bairro, ser bonita é fácil.
A nossa vaidade cresceu a tal ponto que a beleza supervalorizada está se tornando mais “mero detalhe” do que nunca: sendo mais fácil ficar bela, é fácil encontrar corpos belos, logo, onde estará o “plus”? Lá onde as pessoas esquecem-se de cuidar, de zelar, de aprimorar e, seguidamente, de usar: no cérebro!
Abre o olho mocinha, seu futuro pode ser muito melhor do que ser sustentada por um marido que vai se entediar com a sua ausência de assunto e cultura e irá terminar atraído pela colega ou conhecida portadora dos 3 “Is”, ou seja, pela mulher inteligente, interessante e independente.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de dezembro de 2014.

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