Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2014!

2014!

Inevitável que uma pessoa reflexiva como eu faça o óbvio neste dia: reflita. No que se consubstancia um ano? Em 365 dias de acontecimentos e novas chances. E o que “cria” tais acontecimentos? As pessoas. Nós somos um pouco daqueles com os quais convivemos, sobretudo dos que amamos, dos que escolhemos conviver. Somos outro pouco do que aprendemos com aqueles de quem escolhemos nos afastar.
Família? Sumamente importante, mas nós não a escolhemos. Sou privilegiada por ter uma mãe e tias que são minhas melhores amigas. Pessoas que eu escolheria para amar se a vida não tivesse me dado o mesmo sangue. 2014 foi, no quesito pessoas, o melhor ano da minha vida. No quesito trabalho, igualmente. Descobri-me apaixonada pelo magistério e, novamente, pelo Direito.
Mas, falando das pessoas: fui abençoada por conhecer pessoas interessantíssimas, com histórias de vida magnificas. Pessoas com as quais descobri afinidades, aprendi a respeitar diferenças e, inclusive, redescobri um profundo encanto pelo diferente. Descobri que as diferenças, além de reduzir o tédio nas relações, nos trazem profundo aprendizado.
Tive pretensões afetivas excelentes e acabei por aprender que nem tudo reside no encontrar no outro o que desejamos, mas que existe o aceitar o que não queremos e que isso determina tudo numa relação. Aprendi muito neste ano, aprendi com as pessoas que convivi. Confesso que algumas, raras, me ensinaram como não se deve agir, como não se deve ser, como não amar, como não respeitar, como não julgar, como não pensar, como não se posicionar.
 Aprendizado: sempre necessário. O que eu desejo para 2015? Que siga excelente como 2014! Que eu viva intensamente como vivi, que aprenda a conhecer mais as pessoas antes de julga-las boas ou inconvenientes, inteligentes ou petulantes, convictas ou arrogantes, amáveis ou intoleráveis, cultas ou estupidas, humildes ou orgulhosas, vaidosas ou fúteis. Desejo que a maquiagem dos rostos e sorrisos nos lábios não me iludam, desejo ver a alma sem antes julgar a aparência.
Desejo criticar cada dia menos o que não conheço e não desdenhar o que não sei ou compreendo. Desejo que eu nunca perca essa minha pulsante vontade de aprender, de viver, de amar e de me entregar ao que eu acho que convém, ao que eu acho que me merece. Desejo que eu nunca perca meu destemor, meu brio e o profundo apreço que tenho pela pessoa mais importante da minha vida. Eu mesma. Pessoa esta, sem a qual eu não amaria ninguém.
E, mais, desejo que eu nunca deixe de ser anti-hipocrisia, franca e transparente, por mais que eu seja mal interpretada e mal julgada por quem mal e parcamente me interessa. Desejo conhecer pessoas boas, inteligentes, humildes e interessantes e manter o vinculo de amizade com quem conquistou meu apreço a cada diálogo, a cada momento vivenciado.
Quem convive comigo sabe bem o que estou dizendo, afinal nessa vida, eu posso ter muitas falhas, mas não falho em dizer a quem me importa o quanto me importo, não aprecio esconder o meu apreço pelas pessoas por mim apreciadas. E penso a seu respeito. Não quando o que eu penso é bom. Quanto ao ruim? Aprendi a respeitar. Ninguém vai mudar por não ser por mim apreciado, resigno-me a insignificância do meu julgar, porque, apesar de imperfeita e impulsiva, eu não sou estupida.
Desejo mais de 2014 no meu 2015! E, para você, desejo o mesmo que desejo para mim! E que a sabedoria invada cada uma das 365 oportunidades de realização e felicidade que em breve se iniciam! Feliz 2015 meus amigos! E que seja doce!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 31 de dezembro de 2014.

Texto especialmente dedicado à Luciane Pimentel Pozzobon, Paulo Sesar Pimentel, Costa Dorival, Franciane Serafim, Diego Cavanholi, Daniel Douglas Ludwig, Rogério Roseghini, minha mãe Joceli Aparecida Marcondes e minha irmã Maria Clara de Marchi. 

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