Felicidade, inteligência e amor próprio.
O que lhe faz feliz? Bem, essa pergunta é um tanto ampla, vez
que pequenas coisas podem lhe deixar alegre e você pode confundir alegria com
felicidade. Para mim, a apregoada felicidade reside no nosso eu e começa a se
solidificar quando nos desamarramos dos conceitos que o mundo lá fora
(notadamente formado por infelizes orgulhosos) nos impõe. E limita.
Você não pode ser feliz sem amor próprio, você não será feliz
enquanto não conseguir se admirar, se perdoar, se compreender. Orgulho próprio não
se confunde com arrogância.
Quando você
consegue olhar nos próprios olhos frente a um espelho e concluir que o que vê é
o resultado do melhor que você sempre deu a vida, inclusive quando surtou,
quando brigou com o pai, ofendeu a esposa e mandou todo mundo se ferrar,
inclusive, pois, quando foi demasiadamente humano e vil, quando nada em sua
vida lhe envergonhar, nesse momento você se conectara com o universo e com a
genuína felicidade. A que surge de dentro pra fora!
Quando você
descobrir que se basta, que não precisa fazer as vontades alheias para ser bem
quisto, quando você descobrir os limites de sua própria tolerância e paciência,
quando você conseguir ter o brio necessário para ignorar as ingerências de
pseudo-sábios em sua trajetória, então você será feliz!
A felicidade
genuína nasce com uma sensação de paz proveniente do amor próprio. Nasce com a
sensação de independência do julgamento alheio, surge, pois, quando nossa alma
se torna livre e liberta de limites impostos por conceitos imersos em
hipocrisia.
Não confunda a
plena alegria de uma conta bancária farta com felicidade, não confunda sorrisos
apaixonados com felicidade, não confunda sensação boa com felicidade.
Felicidade é o que você sente quando ninguém está em volta, quando ninguém diz
que lhe ama, quando você está sem ter um orgasmo há meses, quando até a conta
no banco não está boa, mas, apesar de tudo, você ama a si mesmo e se sente
contente com quem você é e com aquilo que possui.
Quando você
sente orgulho de si mesmo, inclusive por ter colecionado inúmeras pedras em seu
caminho, inclusive por ter sofrido, magoado alguém, sido ferido por outros,
chorado e aprendido belas lições com tudo isso. Lições que lhe fizeram um ser
melhor.
Ser feliz é não
querer trocar de vida, de mente, de corpo e de alma com ninguém! Todavia,
quanto maior for o seu medo de olhar para dentro e encarar o que habita em
você, menos feliz você será. Quem não se olha com admiração não é humilde ou
modesto, é hipócrita e infeliz.
Modéstia se
liga ao que você cala na frente dos outros para não lhes ofender com autoelogios,
não ao que você explicita para si mesmo no silêncio do seu coração. O problema
é que confundimos, pois somos criados para viver o mundo fora de nossa essência
e, não à toa, nos tornamos escravos de ideias que cultivamos sem sabermos o
motivo. Sinceramente? É impossível ser feliz sem libertar a mente. Ser
inteligente é um bom passo para ser contente. E feliz! Muito feliz!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 30 de dezembro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.