Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Felicidade, inteligência e amor próprio.

Felicidade, inteligência e amor próprio.

O que lhe faz feliz? Bem, essa pergunta é um tanto ampla, vez que pequenas coisas podem lhe deixar alegre e você pode confundir alegria com felicidade. Para mim, a apregoada felicidade reside no nosso eu e começa a se solidificar quando nos desamarramos dos conceitos que o mundo lá fora (notadamente formado por infelizes orgulhosos) nos impõe. E limita.
Você não pode ser feliz sem amor próprio, você não será feliz enquanto não conseguir se admirar, se perdoar, se compreender. Orgulho próprio não se confunde com arrogância.
Quando você consegue olhar nos próprios olhos frente a um espelho e concluir que o que vê é o resultado do melhor que você sempre deu a vida, inclusive quando surtou, quando brigou com o pai, ofendeu a esposa e mandou todo mundo se ferrar, inclusive, pois, quando foi demasiadamente humano e vil, quando nada em sua vida lhe envergonhar, nesse momento você se conectara com o universo e com a genuína felicidade. A que surge de dentro pra fora!
Quando você descobrir que se basta, que não precisa fazer as vontades alheias para ser bem quisto, quando você descobrir os limites de sua própria tolerância e paciência, quando você conseguir ter o brio necessário para ignorar as ingerências de pseudo-sábios em sua trajetória, então você será feliz!
A felicidade genuína nasce com uma sensação de paz proveniente do amor próprio. Nasce com a sensação de independência do julgamento alheio, surge, pois, quando nossa alma se torna livre e liberta de limites impostos por conceitos imersos em hipocrisia.
Não confunda a plena alegria de uma conta bancária farta com felicidade, não confunda sorrisos apaixonados com felicidade, não confunda sensação boa com felicidade. Felicidade é o que você sente quando ninguém está em volta, quando ninguém diz que lhe ama, quando você está sem ter um orgasmo há meses, quando até a conta no banco não está boa, mas, apesar de tudo, você ama a si mesmo e se sente contente com quem você é e com aquilo que possui.
Quando você sente orgulho de si mesmo, inclusive por ter colecionado inúmeras pedras em seu caminho, inclusive por ter sofrido, magoado alguém, sido ferido por outros, chorado e aprendido belas lições com tudo isso. Lições que lhe fizeram um ser melhor.
Ser feliz é não querer trocar de vida, de mente, de corpo e de alma com ninguém! Todavia, quanto maior for o seu medo de olhar para dentro e encarar o que habita em você, menos feliz você será. Quem não se olha com admiração não é humilde ou modesto, é hipócrita e infeliz. 
Modéstia se liga ao que você cala na frente dos outros para não lhes ofender com autoelogios, não ao que você explicita para si mesmo no silêncio do seu coração. O problema é que confundimos, pois somos criados para viver o mundo fora de nossa essência e, não à toa, nos tornamos escravos de ideias que cultivamos sem sabermos o motivo. Sinceramente? É impossível ser feliz sem libertar a mente. Ser inteligente é um bom passo para ser contente. E feliz! Muito feliz!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 30 de dezembro de 2014.


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